A venda de burkinis, o fato de banho islâmico, aumentou 200% depois de a sua utilização ter sido proibida em algumas praias de França.
Para a australiana que criou o burkini, Aheda Zanetti, a polémica fez aumentar a procura e lamenta que as autoridades francesas vejam o burkini como um símbolo de divisão ou opressão das mulheres.
Não simboliza nada, qualquer pessoa o pode usar, não prejudica ninguém, de forma alguma", garantiu Zanetti.
O mesmo não pensa, por exemplo, o presidente da câmara de Cannes, França, para quem o burkini é "um uniforme que simboliza o extremismo islâmico".
Com o burkini, a designer queria apenas que as muçulmanas pudessem desfrutar do estilo de vida australiano, participando em atividades e desportos aquáticos.
O burkini foi criado para dar liberdade, flexibilidade e confiança. Foi desenhado para integrar [as mulheres muçulmanas] na sociedade australiana", completou Zanetti, que não compreende o porquê de tanta indignação com a sua criação, tendo em conta que é aceite com naturalidade na Austrália.