Guiné: Portugal pode enviar meios já no domingo - TVI

Guiné: Portugal pode enviar meios já no domingo

Governo não liberta muita informação para não prejudicar os portugueses que vivem em Bissau

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As forças de reacção imediata portuguesas estão a postos. Uma corveta, uma fragata e mais meios aéreos podem avançar já no domingo para a Guiné-Bissau, mas ainda não foi tomada a decisão política.

O executivo garante que não está prevista uma intervenção militar no país, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros diz que se for preciso o Governo está pronto para o resgate de cidadãos portugueses e de países amigos

O governo português acompanha o que se passa no país com preocupação, mas mantém as informações reservadas. O ministro da Defesa tem estado em contactos com o Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas e a força de reação imediata está pronta para seguir em direção a Bissau.

A FRI das Forças Armadas portuguesas está a elevar o seu nível de prontidão devido ao agravamento da situação na Guiné-Bissau, disseram à agência Lusa fontes militares. Segundo as fontes, forças especiais, paraquedistas e fuzileiros receberam ordens nas últimas horas para aumentar a velocidade de resposta para "acautelar" qualquer eventualidade.

Portas garante que o Governo está em contacto permanente com a comunidade portuguesa.

Em comunicado hoje divulgado, assinado pelo gabinete do ministro da Defesa, o executivo adianta ainda que, «caso venha a ser necessário», a força em preparação está apta a efetuar uma «operação de evacuação de cidadãos portugueses» e de outros países.

«Na sequência das notícias publicadas, hoje, sobre a situação na Guiné Bissau o Ministério da Defesa Nacional informa que (¿) não há nenhum projeto de intervenção militar previsto para aquele país (¿) O Ministério da Defesa Nacional está a proceder ao acompanhamento normal em situações desta natureza», pode ler-se no documento.

O executivo adianta ainda: «A Força de Reação Imediata encontra-se num estado de prontidão considerado adequado para a situação em curso, podendo, caso venha a ser necessário, efetuar uma operação de evacuação de cidadãos portugueses e de países amigos».

O ministro da Defesa Nacional e os quatro chefes militares reuniram-se hoje para discutir a situação na Guiné-Bissau e uma eventual deslocação de tropas portuguesas para aquele país, confirmaram várias fontes à agência Lusa.

Vinte e quatro horas depois do golpe de estado continua muito incerta a situação no país. O presidente e o primeiro-ministro estão detidos na base militar de São Vicente, nos arredores da capital guineense, e um porta-voz militar assegurou que estão bem.



O comando autor do golpe diz que não quer tomar o poder e que agiu apenas em defesa das forças armadas guineenses.
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