Brady, aluno da Escola Primária Briarwood, relata o que se passou. «Eu estava na minha sala de aula, disseram para seguirmos a precaução para tornados. Depois levaram-nos para as casas de banho dos rapazes e raparigas. Alguns colegas não estavam a seguir as indicações».
A mãe de Brady é professora numa das escolas atingidas pelo tornado. «Eram só destroços, carros partidos. A minha mãe começou a passar-se por causa do carro», relata.
A outra escola primária atingida, a Plaza Towers, ficou totalmente devastada. Lá estavam sete das crianças que morreram. Lá estavam também os filhos de Rosa Batista, Norma Batista e Maria Rodriguez.
No meio de tanta destruição e condicionadas pela força do tornado, que chegou a causar ventos de 320 quilómetros por hora, estas mães viveram momentos de aflição sem saber o que se passava com os filhos.
«Estava com medo. Estavamos à espera que a tempestade passasse. Disseram que as crianças não podiam sair sem que os pais as fossem buscar e estava com medo que a minha irmã não pudesse trazer os meus filhos», conta Rosa Batista.
«Agradeço a Deus ter chegado a tempo de trazer as minhas sobrinhas, os meus sobrinhos, o meu filho... porque não sei o que teria feito se ele tivesse sido um dos... Como isto aconteceu? Porque isto aconteceu? O meu filho ainda¿ Como explico isto às crianças? Como eles vão acordar amanhã e não há nada... a escola, as suas casas, os amigos. Ninguém sabe onde estão. Não conseguimos contactar ninguém», desabafa Norma Batista.
Nesta escola estavam cerca de 75 pessoas, entre estudantes e funcionários. Muitos ainda estão desaparecidos.
Oklahoma: relato de um aluno que sobreviveu ao tornado
- Redação
- Patrícia Batista
- 21 mai 2013, 12:17
Cenário é devastador
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