O dia mais sangrento da Síria: 343 mortos - TVI

O dia mais sangrento da Síria: 343 mortos

Relatório conta atrocidades sofridas por crianças

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Esta quarta-feira foi o dia mais mortífero do levantamento popular na Síria, que se iniciou em março de 2011. Segundo a oposição ao regime, liderado pelo presidente Bashar al-Assad, morreram 343 pessoas no país.

«O regime está a escalar a violência a cada oportunidade possível e está provado que está determinado em esmagar a revolução por todos os meios necessários», disse citado pela CNN Rafif Jouejati, porta-voz dos Comités de Coordenação Local da Síria.

O responsável realçou que estes «números são horríficos, mas apontou para outro dado preocupante deste crise. «O mundo também necessita de saber que há uma crescente tortura sexual e cada vez mais crianças a serem torturadas», disse.

A zona da capital, Damasco, foi aquela onde foram mortas mais pessoas esta quarta-feira, segundo os dados da oposição, que diz terem sido registadas 162 vítimas - entre elas 107 no que terá sido um massacre em Thiabieh.

A violência em Damasco ficou ainda marcada por um ataque a edifícios do Estado-Maior do exército, em que morreram quatro guardas e 14 pessoas ficaram feridas.

Os 343 mortos de ontem superaram os 330 que haviam sido registados a 25 de agosto deste ano.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, desde março do ano passado morreram mais de 30 mil pessoas no país.

Maior parte das vitimas são civis (21,534). Os restantes são militares do exército do regime (7,322) e os que desertaram para se juntar aos rebeldes (1,168).

Dados anteriores das Nações Unidas e grupos da oposição variavam entre 18 mil e 21 vítimas.

Devido às restrições de acesso de jornalistas estrangeiros ao território, nenhum destes números podem ser confirmados de forma independente pelos media internacionais.

Nos campos da Jordânia, onde está a trabalhar a Save The Children, ou na Síria junto à fronteira com a Turquia, os testemunhos são dramáticos. Crianças de todas as idades contam os horrores da guerra: dedos cortados, unhas arrancadas, torturas com choques elétricos, queimaduras com cigarros. E quase todas têm ainda para contar o drama de terem visto ser morto pelo menos um familiar muito próximo, mãe, pai ou irmão.
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