A polícia norte-americana acredita que os três jovens atacados por um tigre-fêmea no jardim zoológico de São Francisco, um dos quais um luso-descendente que acabou por morrer, gritaram e acenaram para o animal antes do ataque.
O tigre «pode ter sido incitado ou agitado pelas vítimas», indicou a inspectora Valerie Mattews no seu relatório, acrescentando que a polícia acredita que «esse factor contribuiu para o tigre fugir do fosso onde estava e para o posterior ataque».
Tentou ajudar um amigo, mas foi morto por um tigre
Tigre mata jovem: zoo admite falha na segurança
Paul Dhaliwal, uma das duas vítimas que sobreviveu, disse ao pai do luso-descendente que os três subiram ao muro de três metros que delimita o recinto dos tigres e tentaram chamar a atenção do animal, mas garante que nunca atiraram qualquer objecto para o recinto.
O jovem, de 19 anos, ficou gravemente ferido depois de o tigre siberiano fêmea de 159 quilogramas, chamado Tatiana, ter conseguido saltar o muro do fosso e os ter atacado, no dia de Natal.
O seu irmão, Kulbir, de 24 anos, também ficou ferido e o amigo, Carlos Sousa Júnior, de 17 anos, morreu.
Os três jovens acusaram a presença de marijuana no organismo e Paul Dhaliwal acusou também 0,16 de álcool no sangue - o dobro do limiar estabelecido para embriaguez.
O pai do luso-descendente, Carlos Sousa, natural da ilha do Pico, nos Açores, disse à agência Lusa que vai interpor uma acção cível com pedido de indemnização, em valor que ainda não foi apurado.
Por seu lado, o porta-voz do Jardim Zoológico disse que «há algumas lições a retirar» deste ataque: «não é boa ideia beber, não é boa ideia consumir drogas e não é boa ideia atiçar um tigre que come homens».
«Não é boa ideia atiçar um tigre que come homens»
- Portugal Diário
- 19 jan 2008, 18:39
EUA: Zoo e polícia dizem que jovens atiçaram tigre que matou luso-descente
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