Galp: pré-sal do Brasil envolve investimento até 200 mil milhões - TVI

Galp: pré-sal do Brasil envolve investimento até 200 mil milhões

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Brasil e Angola são a «âncora do futuro»

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A exploração do pré-sal do Brasil envolve investimentos de 150 a 200 mil milhões de dólares por parte das várias petrolíferas naquela região, até 2020. A garantia foi avançada esta sexta-feira pelo presidente da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira.

«Os investimentos que se esperam naquela zona vão rondar os 150 e os 200 milhões de dólares. Já os custos operacionais da exploração serão de cerca de dois mil milhões de dólares por ano na próxima década. Prevê-se ainda que a região produza dois milhões de barris por dia no ano de 2020», disse o responsável à margem do Fórum Científico e Tecnológico da empresa.

Ferreira de Oliveira disse ainda que «este número representa indiscutivelmente um dos maiores projectos do mundo. A Galp tem um papel relevante [nesses números], é um player relevante, o segundo maior, mas a grande distância da Petrobras», adiantou.

«Os nossos colegas da Petrobras entusiasmam-nos e estão satisfeitos com a nossa disponibilidade para levar o conhecimento científico português a estes projectos», acrescentou.

Crise não deverá ter impacto significativo

O Brasil será a principal região para a petrolífera portuguesa aumentar a sua capacidade de produção de petróleo nos próximos anos. «A Galp tem como meta, no espaço de uma década, aumentar a produção dos 15 mil barris diários para 150 mil», lembrou.

«O Brasil e Angola são a nossa âncora do futuro. Diria mais no Brasil do que em Angola. Segue-se depois a Venezuela e Timor», sustentou.

Quanto a actual conjuntura económica, Ferreira de Oliveira, garantiu que «não deverá ter impacto significativo nos projectos de exploração petrolífera no Brasil. Mal de nós se deixamos de pensar numa escala de décadas só porque temos uma crise que nos vai afectar durante alguns trimestres», rematou.

Em relação à exploração da costa portuguesa,o responsável diz apenas que «a área é muito extensa e ainda está em fase de exploração».

Já o responsável pela área de exploração e desenvolvimento da Petrobras, Edison José Milani, quando questionado pela Agência Financeira sobre a parceria com a Galp, o mesmo diz apenas que «tudo indica é para continuar».

As acções da Galp seguem a subir 0,18% para os 9,12 euros, com pouco mais de 700 mil acções trocadas de mãos.
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