Metro do Porto: calendário é «inaceitável» - TVI

Metro do Porto: calendário é «inaceitável»

Autarcas admitem «conversar» sobre gestão da empresa porque «o importante é que a obra seja feita»

A Junta Metropolitana do Porto (JMP) considerou esta sexta-feira «inaceitável» o calendário apresentado pelo Governo para a construção de quatro novas linhas de metro no Porto (Gondomar, Boavista, Laborim e Trofa). Segundo o presidente da JMP, Rui Rio, o cronograma que o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, apresentou aos autarcas que integram a direcção da empresa na reunião da passada quinta-feira, e que esteve agendada para Abril do ano passado, atira as obras «lá muito para a frente».

«O ministro não questionou estas quatro linhas, mas o cronograma que apresentou é inaceitável», disse Rui Rio.

O autarca recusou-se a adiantar mais pormenores sobre o calendário proposto pelo ministro porque não quer criar «uma guerra política entre a JMP e o Governo». Mas adiantou que dentro em breve apresentará uma contraproposta com um cronograma para a construção das linhas que analise a situação de cada um dos projectos. «Não queremos perder mais tempo», afirmou Rui Rio, que garante que o documento estará nas mãos de Mário Lino «em menos de um mês».

O presidente da JMP afirma que «a questão financeira não é problema» na construção destas quatro linhas, já que estão previstos oito mil milhões de euros em fundos comunitários para a região Norte, e este projecto necessita «apenas de cerca de dez por cento». «São menos de 800 milhões para o principal investimento da região, para a principal junta metropolitana da região».

A JMP não concorda também com o modelo de gestão proposto pelo Governo, que passava o controlo da empresa para o Estado, em vez de a direcção integrar autarcas, como acontece actualmente. Rui Rio afirmou que os autarcas consideram que «se o modelo está a funcionar bem, para quê mudar», contudo admitem «conversar» sobre esta questão, porque consideram que «mais importante do que o modelo de gestão é que a obra seja feita, é servir as populações».
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