Imigrantes: «Já lhes foi dada água e comida» - TVI

Imigrantes: «Já lhes foi dada água e comida»

  • Portugal Diário
  • 15 out 2007, 12:58

Navio português resgatou 50 ilegais numa embarcação ao largo da Líbia

Os imigrantes ilegais que foram resgatados sábado pelo navio pesqueiro de bandeira portuguesa «Corisco» já foram alimentados e observados por um médico em Tripoli, disse à Lusa o embaixador de Portugal na Líbia.

«Com excepção de um, que está deitado, todos parecem estar bem. Estão a caminhar pelo seu pé. Eles tinham era fome, mas já lhes foi dada água e comida», disse o embaixador Rui Aleixo, que se encontra no porto de Tripoli.

Contactado telefonicamente a partir de Lisboa, o diplomata disse que o grupo de imigrantes que desembarcou hoje em Tripoli é constituído por sete mulheres, três crianças e 48 homens.

O embaixador disse ainda que se encontra uma ambulância no local e que os imigrantes já foram vistos por um médico.

Afirmando desconhecer onde vão ficar instalados, Rui Aleixo disse apenas que os imigrantes estão «sob a alçada das autoridades da imigração» líbias.

«A Organização Internacional para as Migrações (OIM), que tem um escritório aqui em Tripoli, vai entrar em contacto com as embaixadas dos países de origem dos imigrantes para lhes arranjar identificação», indicou.

De acordo com o diplomata, as mulheres e crianças são, em princípio, todas nigerianas, existindo também naturais do Egipto, do Sudão e do Gana.

A maioria dos imigrantes aparenta ter menos de 30 anos de idade, acrescentou o embaixador.

«O barco onde vinham desfez-se completamente. É quase uma jangada. É impressionante como é que se meteram ao mar nestas condições», disse Rui Aleixo, acrescentando que os imigrantes «se salvaram de uma morte certa».

O embaixador disse ainda que este foi um caso «muito complicado», que se resolveu «graças à intervenção» das autoridades portuguesas e espanholas.

No sábado, o pesqueiro «Corisco» - com pavilhão português mas explorado por um armador espanhol e com tripulação mista - resgatou nas proximidades da costa da Líbia mais de 50 imigrantes da África subsaariana, que viajavam numa frágil embarcação, e aguardava desde então autorização para poder entrar no porto de Tripoli e desembarcar as pessoas.
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