Rio Ave-Arouca, 1-1 (crónica) - TVI

Rio Ave-Arouca, 1-1 (crónica)

  • Nuno Dantas
  • Estádio dos Arcos
  • 19 abr, 22:12

Rioavistas queriam festa e os arouquenses deram-lhes Mujica

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O Rio Ave queria conquistar os três pontos para ficar à porta de garantir, matematicamente, a manutenção. O Arouca também queria entrar na festa, pela ascensão ao 6.º lugar, e deu-lhes Mujica. O empate na abertura da 30.ª jornada acaba por agradar aos dois emblemas, que amealharam mais um ponto rumo ao objetivo final.

Os lobos de Arouca mandaram por completo no primeiro tempo, mas foram os vilacondenses a chegar ao golo por Joca. Na segunda metade, foram os arouquenses a marcar, mas as jogadas de maior perigo foram dos locais, que tiveram três (!) golos.

O Rio Ave somou a 16.ª igualdade no campeonato e já não perdem há oito jogos – empataram sete deles. Já o Arouca chegou aos 44 pontos e subiu, provisoriamente, ao 6.º posto isolado – espera pelo que vai fazer o Moreirense.

Lobos com entrada forte

Os dois técnicos pouco alteraram em relação aos últimos onzes que utilizaram. Luís Freire, depois do empate com o Estrela da Amadora, deixou o central Devenish no banco e fez regressar Miguel Nóbrega. Já Daniel Sousa, após vencer me casa o Boavista, também só fez uma alteração na defesa, trocando o lesionado Tiago Esgaio por Milovanov.

A primeira metade pertenceu quase por completo à equipa forasteira. A dupla do meio-campo, David Simão e Pedro Santos, pautavam todo o jogo do Arouca, recuperando, também, o esférico com facilidade. Aliás, a forte reação à perda de bola fazia com que a formação arouquense estivesse quase sempre em posse.

Jason foi o primeiro a tentar chegar a golo, com o remate frontal, mas Jhonatan opôs-se com qualidade. O Rio Ave não conseguia esticar o jogo e limitava-se apenas a defender. Quem estava com fome de golo era Rafa Mujica, que tentou várias vezes sem sucesso. Num passe a rasgar de Jason, o goleador espanhol apareceu isolado a rematar ao lado. Pouco depois, numa jogada pela direita de Pedro Santos, Mujica apareceu ao primeiro poste a desviar para a malha lateral.

Completamente contra a corrente de jogo, os vilacondenses iriam chegar a golo. Passe milimétrico de João Teixeira a rasgar a defesa arouquense e a isolar Joca que, à saída de Arruabarrena, fez um chapéu. Estava inaugurado o marcador para o lado que menos tinha feito para o conseguir.  

Golos e mais golos… anulados

Costuma-se dizer que a justiça no futebol é feita com golos e Mujica tratou disso, dois minutos após o reatamento. Numa jogada de insistência, Sylla isolou o avançado espanhol que, na cara do golo, não perdoou e chegou aos 20 golos na Liga. O esférico passou, caprichosamente, pelo meio das pernas de Jhonatan. Estava feito o empate.

Esperava-se que o Arouca continuasse em busca do segundo, mas acabou por ser o Rio Ave a aparecer mais perigoso. Os vilacondenses começaram a pressionar mais alto e a recuperar o esférico mais perto da baliza dos lobos.

Num desses lances, Aziz apareceu isolado, marcou, contudo, foi apanhado nas malhas do fora de jogo. Poucos minutos depois, após canto e primeira cabeçada de Aderlan Santos, Costinha voltou a fazer balançar as redes, porém, uma vez mais, estava em offside. Como não há duas sem três, após livre da esquerda e Costinha no coração da área a finalizar… em fora de jogo.

Os técnicos começaram a refrescar as equipas com o objetivo de manter a acutilância ofensiva. Neste campo, Luís Freire saiu-se melhor. Numa jogada individual, Boateng, acabado de entrar, foi deixando adversários para trás e, na frente da área, disparou uma bomba que esbarrou com estrondo no poste. Na reta final o jogo ficou partido e podia ter surgido o golo para qualquer um dos lados, mas a divisão de pontos acabou mesmo por acontecer.

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