Autor do «Código da Vinci» está «chocado» - TVI

Autor do «Código da Vinci» está «chocado»

  • Portugal Diário
  • 13 mar 2006, 15:44
Robert Langdon e Sophie Neveu

Dan Brown considera «completamente fantasistas» as acusações de plágio de dois investigadores britânicos

O escritor norte-americano Dan Brown qualificou hoje, em Londres, de «completamente fantasistas» as acusações de dois investigadores britânicos que afirmam que o romance «O Código Da Vinci» se apropria ilegitimamente do tema central de uma das suas obras.

Brown, 41 anos, escritor discreto e de poucas palavras, declarou-se «chocado» com o processo movido por Michael Baigent e Richard Leigh contra a editora Random House, que publicou «O Código Da Vinci» na Grã-Bretanha.

«Fiquei chocado com a sua reacção, e além disso não a compreendo», afirmou Brown durante uma audiência do julgamento, sublinhando que ele próprio fizera referência à obra dos queixosos, «The Holy Blood and The Holy Grail» (O Sangue de Cristo e o Santo Graal, na edição portuguesa), no seu romance.

Contudo, recusou a ideia de ter roubado «o tema central» do livro, publicado em 1982, no qual os investigadores britânicos afirmavam, nomeadamente, que Jesus não morreu na cruz, se casou com Maria Madalena e teve dela um filho.

«Simplesmente, não é verdade», sublinhou.

Dan Brown referiu que, durante as investigações realizadas com a sua mulher, Blythe, antes de escrever «O Código Da Vinci», «O Sangue de Cristo e o Santo Graal» fora apenas um dos numerosos livros em que encontrou a ideia - retomada no seu «best-seller» - de que Maria Madalena se teria casado com Jesus.

«O Código Da Vinci», traduzido em 44 línguas e com perto de 40 milhões de exemplares vendidos no mundo, desde a sua primeira edição, em 2003, fez de Dan Brown um multimilionário. O escritor assistiu em Londres a todas as audiências do processo, que poderá terminar dentro de uma semana. Uma primeira queixa por plágio contra ele saldou-se, em Agosto, nos Estados Unidos, por uma decisão a seu favor.

Um juiz considerou que Dan Brown não tinha plagiado uma obra do autor Lewis Perdue, «Daughter of God» (Filha de Deus), apesar de os dois livros partilharem temas comuns.

Paralelamente, em Londres, os defensores da Random House argumentaram que as ideias retomadas em «O Código Da Vinci» eram muito gerais e, além disso, não estavam protegidas pelos direitos de autor.
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