«Sou um homem esperançado. Nem sempre os acordos são fáceis e esta é a única hipótese que os países mais pobres vão ter», disse Luiz Inácio Lula da Silva na sessão de encerramento da Cimeira Empresarial UE/Brasil, que decorreu esta quarta-feira na FIL, Parque das Nações.
De acordo com a agência «Lusa», o presidente brasileiro referiu-se ainda à inflexibilidade dos países mais ricos em cederem, nomeadamente a nível dos subsídios agrícolas, considerados pelas nações em desenvolvimento como concorrência desleal.
«Se comprador e vendedor saírem de um negócio com a convicção de que ambos receberam o que era justo, então o acordo é bom. Mas se uns tiverem de fazer mais cedências do que outros, então teremos dificuldade em fazer um acordo», disse Lula da Silva.
O chefe de Estado brasileiro acrescentou que não pretende deixar o poder sem que seja concluída a Ronda de Doha.
«Em determinados momentos temos de escolher com que cara queremos ficar para a História. E essa decisão é iminentemente política», disse.
Por seu lado, o presidente em exercício da UE, José Sócrates, afirmou que a Ronda de Doha «é o maior desafio com que o mundo está confrontado».
«O que devemos é procurar mais justiça e mais equilíbrio na globalização», disse Sócrates, considerando, no entanto, que esse equilíbrio é «difícil de alcançar».
Lula diz que países ricos fazem concorrência desleal
- Redação
- Lusa/RPV
- 4 jul 2007, 19:00
O Presidente do Brasil, Lula da Silva, mostrou-se esta quarta-feira esperançado que a Ronda de Doha termine com êxito e deixou um aviso aos governos de que vão arrepender-se mais tarde se não ajudarem agora os países pobres.
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