Pinho: imitação de chifres no Parlamento corre Mundo

A imprensa espanhola relata com pormenor e destaque de primeira página a demissão do ministro da Economia: «Um insulto que custa um cargo», escreve o «El País»; ou «Os cornos que fizeram demitir o ministro da Economia português», intitula o «El Mundo», sobre a saída de Manuel Pinho do governo socialista.

O «El País» acrescentando ainda na sua notícia que a queda do ministro «ocorre a pouco mais de dois meses das eleições e debilita ainda mais o Governo socialista».

A agência Efe serve de base à restante imprensa espanhola, noticiando que Pinho abandona o Executivo após «realizar um gesto ofensivo no Parlamento».

Mas a notícia correu mundo e depois de a Reuters noticiar o episódio, o jornal «Globo» online da destaque multimédia ao «chifrinho no Parlamento», recorrendo ao vídeo disponibilizado no YouTube; e publica uma peça sobre a polémica, na qual conta que a atitude levou à renúncia de Pinho do cargo de ministro da Economia.

Com as agências noticiosas e os jornais online, os temas correm velozmente e até os sites «Asia One», o italiano «Corriere della Sera», e o brasileiro «Globo», espelham o caso dos «chifres» que, de jornal para jornal, tem interpretação diferente.

É que se há quem pense que o gesto significa que Manuel Pinho chamava «corno» a um deputado, também há quem analise os indicadores erectos junto à testa como a réplica dos «chifres do diabo»; e aí o insulto seria mais condizente com a exaltação do ministro, enquanto Bernardino Soares, do PCP, provocava o Governo com o dossier das minas de Aljustrel.