Vigília por transsexual em Lisboa - TVI

Vigília por transsexual em Lisboa

Concentração frente ao Patriarado, na próxima quinta-feira

Seis organizações estão a promover uma vigília, na próxima quinta-feira, 9 de Março, ao final da tarde, frente ao Patriarcado de Lisboa. O objectivo é homenagear a memória de Gisberta, a transsexual alegadamente morta por um grupo de 14 jovens institucionalizados, no Porto.

Em declarações ao PortugalDiário, o presidente da Panteras Rosa - Frente de Combate à Homofobia referiu que a concentração visa três objectivos: dignificar a memória da vítima; exigir uma profunda reforma do sistema de protecção e acolhimento de menores em risco, bem como exigir legislação abrangente contra os crimes motivados pelo ódio e pelo conjunto dos preconceitos associados a este crime.

O local escolhido para a vigília não é inocente. «Queremos questionar a igreja sobre as tentativas de responsabilizar as vítimas, nomeadamente, insinuando que ela (Gisberta) é que andava a assediar os jovens», refere Sérgio Vitorino.

O responsável da Panteras Rosa falava no final da missa de corpo presente de Gisberta, na capela do Instituto de Medicina Legal, no Porto. A cerimónia foi presidida pelo padre director das Oficinas de São José, de onde são oriundos a maior parte dos 14 jovens indiciados pela morte da transexual.

Um serviço que não agradou ao responsável da Panteras Rosa «O padre diz que os psicólogos infantis explicam o movimento dos bandos, mas entendemos que isto é uma vez mais a igreja a lavar as mãos da sua responsabilidade em relação a estes jovens», diz.

O corpo de Gisberta segue hoje mesmo para Lisboa e embarca no Sábado para o Brasil, onde irá a enterrar.

A vigília está a ser organizada também pela Associação Para o Estudo e a Defesa do Direito à Identidade de Género, pela International Union of Sex Workers (sedeada em Londres), bem como pela SOS racismo, Abraço e Casa do Brasil.
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