Parlamento alemão vota 2º resgate grego no dia 27 - TVI

Parlamento alemão vota 2º resgate grego no dia 27

Merkel e Durão Barroso

Merkel reuniu-se com líderes dos grupos parlamentares de todos os partidos

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O parlamento alemão vai realizar uma sessão especial a 27 de Fevereiro para votar o segundo resgate à Grécia, que o país precisa para evitar a bancarrota, anunciou esta sexta-feira o líder parlamentar do partido da chanceler Angela Merkel.

«No seguimento dos acontecimentos, o Bundestag vai pronunciar-se a 27 de Fevereiro, sobre a Grécia e sobre o apoio ao país», disse Volker Kauder, que lidera a bancada da CDU/CSU, citado pela Lusa.

Angela Merkel reuniu hoje com os líderes dos grupos parlamentares de todos os partidos no parlamento, para lhes dar a conhecer os mais recentes desenvolvimentos na questão grega, depois de, na quinta-feira, os partidos que apoiam a coligação governamental grega terem chegado a acordo sobre novas medidas de austeridade.

Também ontem, os ministros das Finanças da zona euro, reunidos em Bruxelas, decidiram que a Grécia só poderá receber o segundo resgate depois do parlamento do país aprovar as medidas de austeridade e apelaram a Atenas para que encontre rapidamente forma de cortar os gastos em 325 milhões de euros, para que o Estado grego cumpra o objectivo do défice.

Para evitar a bancarrota, a Grécia necessita de receber o segundo resgate, de 130 mil milhões de euros, até 20 de Março, quando tem de pagar aos credores de dívida pública 14,5 mil milhões de euros.

Já hoje, o porta-voz da chanceler alemã frisou que não é do interesse da Alemanha deixar a Grécia cair na bancarrota e que Berlim está a trabalhar tendo em vista «um futuro positivo» para a Grécia.

«O governo grego está a trabalhar para que a Grécia possa voltar a ter capacidade de pagar as dívidas e manter a competitividade. Esse é o interesse alemão. Um processo que muitos especialistas dizem ser completamente imprevisível e que acarreta diversos riscos não pode ser do interesse nem da Alemanha, nem da Grécia, nem da Europa», acrescentou Steffen Seibert, numa conferência de imprensa de rotina.

A Alemanha, a maior economia da Zona Euro e o maior contribuinte para os fundos de resgate da moeda única, tem vindo a defender mais austeridade e reformas estruturais para enfrentar a crise da dívida soberana europeia.
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