EDP: «Era melhor não termos nada a ver com o Face Oculta»

O presidente executivo da EDP, António Mexia, não acredita que a imagem pública da empresa saia muito afectada pelo envolvimento de Domingos Paiva Nunes, vogal da administração da EDP Imobiliária, no caso Face Oculta. Mas admite que seria melhor não ter qualquer ligação ao caso.

«Era melhor que não tivéssemos nada a ver com o assunto, mas estamos a fazer o que nos compete», disse António Mexia aos jornalistas durante uma conferência de imprensa em Washington, EUA.

Questionado pelos jornalistas se a imagem da EDP poderia ser penalizada pela ligação de Paiva Nunes ao processo que envolve acusações de corrupção e outros crimes económicos, como o tráfico de influências, Mexia foi peremptório na resposta: «Não. Temos de ter em conta a escala da companhia, em termos de qualidade de serviço, de intervenção a nível social, económico, ambiental e de criação de emprego. Temos de manter a noção da relatividade das coisas», afirmou.

«A EDP é muito mais do que isso. O mais importante é que estamos focados no essencial e a fazer o que nos compete», concluiu.

Domingos Paiva Nunes, vogal do Conselho de Administração da EDP Imobiliária, teve de pagar uma caução de 25 mil euros, fixada pelo Tribunal de Aveiro. Entre as medidas de coação a que ficou sujeito, está ainda a suspensão de funções e a proibição de sair do país sem autorização e de estabelecer qualquer contacto com outros arguidos do processo.

*a jornalista viajou aos Estados Unidos a convite da EDP