«Cada português terá de trabalhar 3,5 anos só para pagar esta dívida»

O líder da bancada do PSD, José Pedro Aguiar-Branco, voltou ao ataque ao Governo socialista, esta sexta-feira, no dia em que o segundo orçamento rectificativo vai a votação.

«Estamos a falar das famílias dos portugueses, do seu trabalho, dos seus impostos e do seu esforço. Cada português terá de trabalhar três anos e meio só para pagar esta dívida», afirmou Aguiar-Branco criticando as contas públicas.

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Para o porta-voz dos sociais-democratas, «o senhor ministro traiu a confiança dos portugueses, já em 2008 quando apresentou um orçamento irrealista». «Peço que não volte a trair a confiança dos portugueses», disse, aplaudido pela bancada laranja.

No dia em que o OE vai a votação, Aguiar-Branco reiterou que espera que, a partir de agora, o governo comece a

governar. «Este governo não vai ter desculpa para não governar e para não resolver os problemas que arranjou. Chega de protestos, chega de álibis», concluiu o deputado.

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Críticas que o ministro das Finanças afastou afirmando que «sempre praticamos e vamos continuar a praticar o rigor das contas públicas».

«Errar previsões em tempos de incerteza não é falta de rigor mas faz parte das contingências dos tempos em que vivemos» reiterou.

Fernando Teixeira dos Santos classificou, ainda, como «irresponsáveis» as propostas da Oposição, adiantando que «apresentámos este orçamento quando considerámos que era o momento mais indicado. No momento em que temos condições para cumprir a dívida».



Ainda na troca de acusações entre o PSD e o ministro das Finanças, Miguel Frasquilho acusou o Governo de andar a aceitar dívida sem ter essa competência, ao passo que Teixeira dos Santos pediu a prova para essas acusações.