Marés Vivas: Placebo confirmaram e Peaches surpreendeu (vídeo) - TVI

Marés Vivas: Placebo confirmaram e Peaches surpreendeu (vídeo)

  • Redação
  • Cátia Soares | Paulo Sampaio (vídeo)
  • 17 jul 2010, 09:10

Cerca de 24 mil pessoas marcaram presença no segundo dia do evento

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A «maré» subiu este sábado em Vila Nova de Gaia. Cerca de 24 mil pessoas marcaram presença no segundo dia do festival Marés Vivas. Depois das actuações de A Silent Film e David Fonseca, chegou a vez dos Placebo e da excêntrica Peaches entrarem em cena.

Pronto para recuar no tempo e celebrar os grandes êxitos da banda liderada por Brian Molko, o público acotovelava-se já pelo melhor lugar para assistir ao concerto dos Placebo. Aos gritos e de máquinas fotográficas em punho - foi assim que muitos dos fãs os receberam.

«Nancy Boy», que integrou o álbum homónimo da banda, editado em 1996, foi o tema escolhido para dar início ao concerto. A verdade é que este não era um espectáculo de apresentação do novo álbum, «Battle For The Sun», editado em 2009, mas sim uma viagem de cerca de uma hora e meia pela carreira dos Placebo.

Tendo como pano de fundo uma forte componente visual, a banda passou em revista êxitos incontornáveis, como «Meds», «Every You Every Me», «The Bitter End», «Special Needs» e «Song To Say Goodbye».

Contudo, houve ainda tempo para alguns temas mais recentes, que, curiosamente, foram tão bem recebidos quanto os mais antigos. «Ashtray Heart», «Battle For The Sun», «Breathe Underwater» e «The Never-Ending Why» também tiveram direito a muitas palmas do público, que saltava incansavelmente.

Sem grandes pausas, os Placebo reservaram também para este espectáculo um cover do tema «All Apologies», dos Nirvana.

Pouco tempo depois, chegava o momento da despedida, mas a plateia ficou a pedir mais até que a banda regressou para um encore. «Trigger Happy», «Post Blue», «Infra-Red» e «Taste In Men» assinalaram o fim do concerto. Já o público esteve à altura, mostrando que conhece bem o percurso dos Placebo.

«Ainda vai haver mais concertos?», perguntava alguém entre a plateia. Alguém que, provavelmente, ainda não tinha ouvido falar na excêntrica Peaches.

Faltavam cerca de 20 minutos para as duas horas da manhã quando a cantora subiu ao palco com um fato, que a tapava dos pés à cabeça, para cantar «Mud». Sem demoras nem apresentações, seguiu-se «Talk To Me» com Peaches ladeada por dois homens que exibiam umas enormes perucas louras.

O público que, entretanto, havia dispersado, começava a ficar curioso ao ouvir a voz de Peaches e ao ver a sua atitude irreverente e enérgica em palco. De todos, este era o concerto mais imprevisível, pelo menos para quem não tinha visto a cantora no último dia do festival Optimus Alive.

Parar parecia ser proibido. No palco, Peaches deu espectáculo de todas as formas e feitios: ao surgir com uma espada fluorescente, ao derramar uma garrafa de champanhe sobre a plateia, ao interagir com uma personagem virtual e até ao desfilar enrolada numa toalha de banho, fingindo que estava nua.

«Jesus walks on water, Peaches walks on you», foi desta forma que a cantora lançou mais um desafio ao público. Com a multidão de braços no ar, Peaches decidiu caminhar sobre as mãos de toda a gente. Mas, antes, avisou que caso a deixassem cair o concerto terminaria imediatamente. A aventura correu tão bem que a vocalista decidiu mesmo lançar-se para cima da plateia, tendo depois regressado ao palco em crowd surf.

«Lose You», «More», «Billionaire», «I Feel Cream», «Mommy Complex» e «Showstopper» são alguns dos temas que integraram o alinhamento. E o público dançava. As músicas assim o exigiam.

O espectáculo chegaria ao fim com «Set It Off» e «Rock N Roll». Amanhã, a festa continua Nikolaj Grandjean, dEUS, Editors e Ben Harper And Relentless7.

Marés Vivas recebeu A Silent Film e David Fonseca (vídeo)
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