The Walkmen: «Ficámos deslumbrados com Lisboa» - TVI

The Walkmen: «Ficámos deslumbrados com Lisboa»

Entrevista: Pete Bauer fala do novo álbum, «Lisbon», e promete um concerto especial no Coliseu dos Recreios, no próximo dia 14

Relacionados
Amor à primeira vis(i)ta - é assim que os norte-americanos The Walkmen explicam a escolha da capital portuguesa para o título do seu novo álbum, «Lisbon».

A banda prepara um concerto, que se adivinha bem especial, no Coliseu dos Recreios, no próximo dia 14 de Novembro, e o baixista e organista Pete Bauer esteve à conversa com o IOL Música.

O músico confessou que não tem nenhuma «história mágica ou romântica» sobre as duas primeiras passagens por Lisboa, mas que o «mistério» da cidade deixou os Walkmen «deslumbrados».

Como é que «Lisbon» se tornou no título do vosso novo disco?

- Viajámos até Lisboa por duas vezes no ano passado. Não houve nada específico que tenha acontecido, nenhuma história que teria sido óptima para contar em entrevistas, mas todos gostámos muito do tempo passado aí.

Na primeira visita, andámos por Lisboa sem rumo durante alguns dias e ficámos deslumbrados com a cidade. É uma espécie de lugar estranho, um lugar misterioso. É o tipo de sentimento que tens quando vais a uma cidade que desconheces por completo e não sabes o que esperar. Não te sentes totalmente confortável e há aquela ideia de que vai acontecer qualquer coisa. E isso relaciona-se com a música que estamos a fazer - de início é estranha e desconhecida, mas faz-te sentir que algo vai acontecer...

Pessoalmente, tens algum lugar preferido em Lisboa?

- Não me recordo do nome, mas era algo como «bar chinês»...

Pavilhão Chinês?

- Sim, acho que é isso. Tinha muitas miniaturas... Era bastante estranho e não consegui bem perceber o que se passava ali, mas gostei.

E estão ansiosos pelo concerto em Lisboa?

- Sim, bastante! Até estou um pouco nervoso, porque assim que dás o nome de «Lisbon» ao teu disco é bom que dês um grande concerto ou as pessoas vão atirar-te com tomates. (risos) Mas o que quer que seja que aconteça, vamos dar o nosso máximo.

The Walkmen - Stranded - Live at Governor's Island from Big Ass Lens on Vimeo.



Falando do novo álbum... Qual o segredo para atingir o equilíbrio perfeito no alinhamento de um disco?

- Cortar o mais possível. Deixar o disco o mais curto e simples possível.

«Lisbon» é a continuação do caminho traçado por «You & Me»?

- Acho que os dois últimos discos são muito mais semelhantes entre si do que os anteriores. Vejo-os como um par, tal como os nossos dois primeiros álbuns. O terceiro é aquele que toda a gente odeia. (risos)

Vocês também o odeiam?

- Quando ouves vezes sem conta que as pessoas odeiam o que estás a fazer, acabas por odiá-lo também. Não sei bem porquê, mas não deixou boas recordações.

Mas acredito que há uma relação entre o «You & Me» e o «Lisbon». A grande diferença é que o primeiro é um disco longo, negro e claustrofóbico, e o segundo é bastante curto e luminoso. Mas estão ligados entre si.

Tentaram algum tipo de abordagem diferente nas gravações?

- Acho que gravámos com muito menos reverberação. Essa foi uma das principais novidades. Pode não parecer muito, mas para nós é uma diferença gigante. Foi como falarmos uma língua estrangeira.
Continue a ler esta notícia

Relacionados