Marés Vivas: final festivo com James - TVI

Marés Vivas: final festivo com James

Riders On The Storm foram «tiro ao lado» no último dia do festival

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A edição 2008 do festival Marés Vivas terminou na madrugada deste domingo ao som de «Laid», êxito incontornável dos britânicos James. Já passava das 03h00 quando várias dezenas de fãs juntaram-se em palco à banda liderada por Tim Booth para um final verdadeiramente festivo.

Perante uma plateia de 20 mil pessoas - a segunda enchente em três dias de festival -, os James recordaram hits dos anos 1990, sem, no entanto, terem receio de apresentar vários temas que compõem o mais recente registo de originais, «Hey Ma». O pop rock fácil de acompanhar com palmas tanto conquistou os festivaleiros em «Sit Down», de 1989, como na faixa título do novo álbum, inspirada no 11 de Setembro e nas «trapalhadas» de George W. Bush e Tony Blair em relação ao Iraque.

No concerto mais esperado do terceiro dia de festival, o trompetista dos James, Andy Diagram, decidiu marcar o regresso da banda ao Porto com uma indumentária bem original. Um longo vestido vermelho de mulher foi a peça de roupa escolhida, para espanto de muitos.

Riders On The Storm em baixa

Os concertos no palco principal tiveram início pelas 22h00, pouco depois da confirmação de que o festival regressa ao Cabedelo nos dias 16, 17 e 18 de Julho de 2009. A voz da norte-americana Macy Gray foi a primeira a ser ouvida. A cantora apresentou-se no Marés Vivas com glamour, e o vestido cor de salmão assentou-lhe melhor do que o do trompetista dos James. Os enormes brincos «gritavam» «paz e amor», e foi nessa toada que Macy Gray se dirigiu ao público por várias vezes, espalhando a mensagem através do R&B e da soul.

«Creep», dos Radiohead, e «Da Ya Think I'm Sexy», de Rod Stewart, foram dois brindes extra num dos bons concertos do festival. O mesmo não se poderá dizer da actuação dos Riders On The Storm, formados pelos Doors Ray Manzarek (teclas) e Robby Krieger (guitarra), e agora com o vocalista Brett Scallions (ex-Fuel), após a saída de Ian Astbury, dos The Cult.

Faltou sempre «qualquer coisa» aos Riders, especialmente na voz de Scallions (disse que estava doente), que se mostrou sem pujança suficiente. A comparação com a lenda Jim Morrison deve ser evitada a todo o custo, mas é conclusão inevitável de que Ian Astbury foi o melhor vocalista desta banda de covers dos The Doors.

Ainda assim, o público preferiu ignorar o óbvio, dançando ao som de clássicos como «Break on Through (To The Other Side)», «Love Me Two Times» e «Light My Fire». Mas a verdade é que este foi decididamente um «tiro ao lado».
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