João Pedro Pais revela como será nos Coliseus (entrevista) - TVI

João Pedro Pais revela como será nos Coliseus (entrevista)

Zé Pedro e Jorge Palma vão acompanhá-lo nos concertos

Depois de mais de uma década de carreira, mais de 500 concertos e cerca de 200 mil discos vendidos, João Pedro Pais prepara-se para um dos momentos mais marcantes do seu percurso profissional. O cantor e compositor sobe esta sexta-feira ao palco do Coliseu do Porto e no próximo dia 14 actuará no Coliseu de Lisboa.

João Pedro Pais saiu do anonimato ao participar no concurso televisivo Chuva de Estrelas, em 1995. Na altura, o cantor ficou em segundo lugar ao interpretar o tema «Ao Passar Um Navio», dos Delfins.

«Lembro-me de o júri me dizer: Tu cantas bem, mas não imitas. E isso foi o melhor elogio que me podiam ter dado, mais do que se me tivessem dito: Ah, imitas na perfeição», recordou João Pedro Pais, numa entrevista concedida ao IOL Música.

Dois anos depois já estava a lançar o seu primeiro álbum a solo: «Segredos». Seguiu-se «Outra Vez» (1999), «Falar Por Sinais» (2001), «Tudo Bem» (2004), e, mais recentemente, «A Palma e a Mão» (2008).

Mas só agora o músico sentiu que estavam reunidas todas as condições e que esta era a altura certa para avançar com uma produção da envergadura dos espectáculos que vai dar nos Coliseus.

«Antes faltava-me maturidade, mas agora sinto-me mais seguro, mais confiante».

Ainda assim, não vai estar sozinho. Com ele em palco estarão os músicos que o acompanham na estrada, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, o contrabaixista Massimo Cavalli e ainda dois amigos muito especiais: Jorge Palma e Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés.

«São dois grandes músicos com uma sensibilidade muito própria e gostam de mim», comentou João Pedro Pais, evidenciando o respeito e admiração que tem por dois daqueles que mais influência tiveram na construção da sua visão artística e a quem o músico dedicou dois temas do seu último álbum: «Meu caro, Jorge» e «Palco de Feras».

«Nós estamos a tornar-nos os melhores amigos e os maiores cúmplices, e é sempre óptimo trabalhar com uma pessoa com quem se tem uma enorme amizade e com quem se consegue criar uma boa química», confessou Zé Pedro ao IOL Música.

«Quando ele me convidou eu disse logo que estivesse onde estivesse eu tinha de estar nos Coliseus com o João Pedro», acrescentou.

Quanto ao que vamos poder encontrar, quer no espectáculo na Invicta quer na sala lisboeta, sabe-se já que os concertos terão diversos momentos distintos, nomeadamente um momento mais rock com Zé Pedro e um momento mais intimista com Jorge Palma.

«Algumas músicas vão ter uma roupagem diferente: mais irreverentes, não tão ingénuas, cantadas hoje com mais malícia, um certo erotismo, até porque não gosto de cantar o amor lamechas», completou João Pedro Pais.

Mesmo depois de cinco álbuns editados, de ter sido convidado para fazer a primeira parte dos concertos da tournée de Bryan Adams (2003), de ter passado pelo Rock In Rio (2004) e do projecto «Lado A Lado» com Mafalda Veiga (2006), o músico reconhece que ainda lhe falta fazer muita coisa e realizar muitos sonhos.

«Além dos Coliseus, que qualquer pessoa que tenha objectivos na música quer fazer, adorava tocar nos CCB e na Casa da Música», lugares que certamente marcaram aquele que é já considerado um dos maiores cantautores da sua geração.


João Pedro Pais sobe aos palcos dos coliseus
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