Ouvem-se os primeiros acordes de «Relax (Take It Easy)» e Mika surge em cena de calças e camisa brancas, colete, ténis brilhantes e cartola na cabeça. Amarelo, verde, azul, cor-de-rosa... a actuação começou a desenhar-se e era já de todas as cores. E os companheiros de palco do músico não lhe ficaram atrás na excentricidade e acompanharam-no sempre nos movimentos.
Os elementos cénicos também tiveram a sua importância no espectáculo. Além das duas árvores e caveiras que estiveram sempre presentes, durante o agitado «Big Girl You Are Beautiful» surgiu em cena uma enorme perna insuflável de mulher, enquanto que no tema dedicado ao amigo «Billy Brown» foi hasteada uma bandeira cor-de-rosa a dizer Billy em letras douradas.
Pelo meio, apareceu ainda uma procissão com bailarinas mascaradas e uma boneca de pano gigante. O público, atento, parecia divertir-se com as surpresas e não tirava os olhos do palco.
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Fazendo um esforço por traduzir sempre as suas palavras para a nossa língua, Mika dirigiu-se ao público diversas vezes e não tardou a passear-se pelo fosso para se sentir mais próximo dos festivaleiros.
Já com uma longo casaco de penas coloridas, o músico libanês lançou-se ao contagiante «Dr John», retirado do seu mais recente álbum, sem deixar de lado «Rain», «Blame It On The Girls», «Happy Ending» (com direito a balões a voar pelo ar), «Touches You» e «We Are Golden».
Fingindo que a sua mão era uma arma, o músico aproveitou ainda para encenar a própria morte e a de todos os elementos da sua banda.
«Eu sou o Mika e estou morto. Quero que toda a gente comece a saltar quando eu contar até três», pediu, antes de continuar com o enérgico «Love Today». O público, ao rubro com os tons agudos e com os passos de dança do cantor, fez-lhe a vontade e participou, mais uma vez, activamente no espectáculo.
Já na recta final, pôde ouvir-se «Grace Kelly», tema que lançou o músico para o mundo da fama em 2007, «Lollipop», que foi anunciado ao som de caixotes de lata, e uma versão de «Sweet Dreams (Are Made Of This)», do duo britânico Eurythmics.
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A quarta noite de música no Sudoeste TMN 2010 levou até ao recinto 38 mil pessoas, segundo números da organização, mas antes do pôr-do-sol o cenário era bem diferente. Coube a Brett Dennen, peculiar figura de farta cabeleira ruiva, pés descalços e t-shirt coloridamente hippie, a ingrata tarefa de abrir os concertos no Palco TMN.
O perfeito desconhecido dos festivaleiros portugueses actuou perante uma plateia bastante escassa, mas fez o que lhe competia, apresentando canções dos seus três álbuns de estúdio num registo descontraído e que faz lembrar outros singers songwriters como Jack Johnson ou Jason Mraz.
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