Sobe para 50 o número de mortos devido à tempestade Elliot nos EUA - TVI

Sobe para 50 o número de mortos devido à tempestade Elliot nos EUA

  • Agência Lusa
  • DCT
  • 26 dez 2022, 22:55

A governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, destacou que esta é a tempestade "mais devastadora" da história de Buffalo, onde caíram quase 100 centímetros de neve

O número de mortos devido à grande tempestade que começou no fim de semana nos Estados Unidos e que deverá manter-se durante a semana subiu para 50, dos quais 27 no Estado de Nova Iorque, divulgaram as autoridades norte-americanas.

O maior número de mortes ocorreu no Estado de Nova Iorque, onde pelo menos 27 pessoas morreram devido à onda de frio, que atingiu fortemente a cidade de Buffalo.

As organizações de socorro resgataram corpos, na zona de Buffalo, em carros, casas e ‘pilhas’ de neve. Outros morreram durante a remoção da neve ou depois das equipas de emergência não terem conseguido responder a tempo a pedidos de ajuda, noticiou a agência Associated Press (AP).

Em todo o país, a tempestade é responsável por pelo menos 50 mortes, com os esforços de resgate a continuarem a decorrer durante esta segunda-feira.

A governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, destacou que esta é a tempestade "mais devastadora" da história de Buffalo, onde caíram quase 100 centímetros de neve.

“Não posso exagerar o quão perigosas as condições continuam a ser”, alertou Hochul, apelando aos moradores para que evitem deslocações nos próximos dias.

Em Buffalo, o vento da tempestade ‘Elliot’ soprou a uma velocidade parecida com a de um furacão, o que impediu muitos dos esforços de ajuda de emergência de chegarem onde era preciso.

As temperaturas muito abaixo do normal para a época que atingiram todo o país vão manter-se durante toda a semana, obrigando ao cancelamento de voos e deixando as estradas extremamente perigosas para andar, além de terem levado a um corte de energia em quase 1,7 milhões de casas e empresas.

Causada por uma frente fria ártica, a tempestade ‘Eliot’ estende-se dos Grandes Lagos, perto do Canadá, até ao Rio Grande, ao longo da fronteira com o México, afetando cerca de 60% da população dos Estados Unidos.

Hoje, a temperatura continua muito fria em grande parte do leste dos Estados Unidos, mas “verifica-se uma tendência de moderação a partir de terça-feira”, avançou o Serviço Nacional de Meteorologia.

Segundo este serviço, ainda “é perigoso” viajar em algumas estradas, devido à neve, mas as condições deverão melhorar nos próximos dias.

O sistema de energia está a ser restaurado em todo o país, mas cerca de 100 mil consumidores ainda estão a viver no escuro, principalmente nos estados do Maine e de Nova Iorque.

Na cidade de Buffalo e na fronteira com o Canadá, as condições meteorológicas foram as piores da História destas regiões, mantendo-se as cidades completamente cobertas de neve e os aeroportos fechados.

Mas várias das mortes contabilizadas foram também registadas em zonas como o Kansas, o Missouri, Vermont, Colorado, Ohio e Wisconsin, como avançou a imprensa local.

Em várias cidades da costa leste e até no estado da Flórida, conhecido pela temperatura amena, os termómetros marcaram mínimas que não eram vistas desde há várias décadas.

A cidade de Nova Iorque alcançou uma temperatura mínima de -10,5° Celsius (C) no dia de Natal, o que não acontecia desde 1872, enquanto Washington, a capital dos EUA, esteve com -10°C naquele que foi o Natal mais frio desde 1983 e Tampa, na Flórida, chegou a marcar temperaturas abaixo de zero, o que não acontecia desde 1966.

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