BPN: ordem para movimentos para o Insular «vinham de cima» - TVI

BPN: ordem para movimentos para o Insular «vinham de cima»

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Ex-director de Operações do banco já tinha dito que houve várias centenas de transacções

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O ex-director de Operações do BPN Ricardo Pinheiro, de quem António Duarte disse receber ordens sobre o Banco Insular, confirma ter ordenado as operações desde 2002, mas ressalvou que estas também lhe vinham de cima, da «hierarquia», adianta a agência Lusa.

Na terça-feira, numa audição na comissão parlamentar de inquérito ao Banco Português de Negócios (BPN), António José Duarte, antigo assessor dos conselhos de administração de José de Oliveira Costa e Abdool Vakil, declarou aos deputados que «houve várias centenas de movimentos entre o BPN e o Insular entre 2002 e 2009».

António José Duarte, que entre 1999 e 2006 exerceu funções como administrativo na direcção de operações, afirmou ainda que «registava operações para o BPN, BPN Cayman, BPN IFI, em Cabo Verde e Banco Insular» por ordem dos seus superiores na Direcção de Operações do BPN, António Franco e Ricardo Pinheiro.

Em declarações à Lusa a partir de Angola, onde trabalha no Banco Sol, Ricardo Pinheiro confirmou ter dado essas ordens que, ressalvou, lhe chegavam de cima. «Havia uma hierarquia, as instruções vinham da administração e passavam. Na altura, o António Duarte trabalhava nas operações, da mesma forma que eu recebia as instruções passava-as às pessoas que trabalhavam comigo», declarou Ricardo Pinheiro, também ele um dos antigos quadros do BPN que pelo menos o CDS-PP quer ouvir na comissão de inquérito.

Oliveira e Costa mantém-se na prisão

Ricardo Pinheiro diz que entrou para o BPN em 1999, com António Franco, com quem esteve na direcção de operações até este subir à administração do BPN, em 2005. Nessa altura, António Franco só acabaria por assumir funções de administrador em Fevereiro de 2006, Ricardo Pinheiro assumiu o cargo de director de operações, onde se manteve até inícios de 2007.

O ex-director de operações adiantou também que tomou conhecimento do Banco Insular em 2002 (tal como tinha declarado António Duarte), tendo «assumido como um facto» que o banco de Cabo Verde pertencia ao universo BPN/Sociedade Lusa de Negócios (SLN), «adquirido no pacote de compra da FINCOR».
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