Aquecimento global: assumam responsabilidades - TVI

Aquecimento global: assumam responsabilidades

  • Portugal Diário
  • 24 set 2007, 14:51

ONU fez apelo a líderes mundiais para resolverem a questão das alterações climáticas

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, deverá pedir esta segunda-feira aos líderes mundiais que assumam as suas responsabilidades no aquecimento global, para sair do impasse que ameaça a próxima conferência mundial sobre alterações climáticas em Bali, noticia a Lusa.

Ban Ki-Moon preside esta segunda-feira a uma reunião sem precedentes sobre as alterações climáticas na sede da organização das Nações Unidas, que conta com a participação de cerca de 150 países, 80 dos quais representados ao mais alto nível.

O primeiro-ministro português, José Sócrates, vai discursar enquanto presidente da União Europeia num dos painéis temáticos da reunião (mitigação e medidas para reduzir a poluição ambiental), devendo propor um conjunto de acções a adoptar pelos países no final do Protocolo de Quioto, em 2012.

O encontro, que acontece na véspera da 62ª sessão da Assembleia Geral da ONU, intitula-se «O futuro nas nossas mãos: respondendo aos desafios das alterações climáticas».

O governador da Califórnia e antiga estrela de cinema, Arnold Schwarzenegger, que lidera a luta contra o aquecimento global entre os 50 estados norte-americanos, também vai discursar, ao contrário do presidente George W. Bush, que não participa nas reuniões.

Espera-se igualmente a participação de outras personalidades mundiais, como a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o ex-vice-presidente norte-americano e defensor da luta contra o aquecimento global Al Gore.

Redução das emissões de gases

Os países europeus, que lideram os Estados industrializados a nível dos compromissos assumidos para reduzir as emissões poluentes, deverão apelar a um acordo global com o objectivo de se atingirem progressos reais na conferência de Bali (3 a 14 de Dezembro).

Nesta conferência deverá ser lançado um calendário de negociações que conduzam, no final de 2009, a um acordo para acelerar e acentuar a redução das emissões de gases com efeito de estufa.

Depois da sua ratificação, que deve demorar dois anos, o acordo sucederá à primeira fase de cumprimento do Protocolo de Quioto que termina em 2012.

O tratado tem sido discutido desde 2001, quando os Estados Unidos da América, os maiores poluidores do mundo, anunciaram que não iriam ratificá-lo.

O presidente George W. Bush tem sido um opositor dos constrangimentos impostos pelas metas de Quioto e advoga a adopção de medidas voluntárias, apoiadas pela transferência de tecnologias.

Os ambientalistas consideram, no entanto, que esta posição é uma estratégia para atrasar o processo de Quioto e dividir os seus apoiantes, lançando a ideia de uma solução alternativa menos limitativa.
Continue a ler esta notícia