Dívida pública atrai investidores - TVI

Dívida pública atrai investidores

Portugal lança emissão de Obrigações de Tesouro de 4 mil milhões a 10 anos

Portugal lançou esta terça-feira a sua primeira emissão sindicada de Obrigações de Tesouro (OT) de 2009. Segundo informa o Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público (IGCP), este novo «benchmark» [o referencial de excelência em si], de 4 mil milhões de euros a 10 anos, com um cupão de 4,75%, e o preço foi fixado a um «spread» de 135 pontos base sobre a taxa de referência «mid swaps».

A emissão estava prevista para dia 12, mas só foi finalizada esta terça-feira, após ter sido «sondado o interesse por parte dos investidores». «A partir de um feedback positivo foi decidido abrir o livro de ordens na terça-feira, com uma price guidance inicial de mid-swaps +135/+140 p.b».

Em apenas uma hora e meia, o «bookbuilding» ascendeu aos 3 mil milhões de ordens, informa o IGCP em comunicado. «O volume final» de terça-feira foi de 5,7 mil milhões, «uma procura superior ao montante emitido em 1,4 vezes, com mais de 110 investidores a participar», tendo a maioria das ordens sido dadas por investidores real money.

«Através de leilões a realizar durante os próximos 12 meses, o IGCP pretende que a dimensão desta emissão «benchmark» atinja 6 mil milhões de Euros, dando assim um forte contributo para aumentar a liquidez da curva de Obrigações de Tesouro».

Segundo o IGCP, a «resposta positiva dos investimentos», «num momento de crescente volatilidade e pior desempenho de dívida governamental, mostra a atractividade percebida pelo mercado em relação ao emitente República Portuguesa».

A «procura de investidores bastante dispersa pela Europa, tal como aconteceu com outras emissões no passado, com significativa participação dos principais centros financeiros tal como Reino Unido e Irlanda (26.7%), Franca (18.5%) e Alemanha (16.3%); esta transacção foi igualmente bem recebida pela comunidade de investidores domésticos que tomaram 13,4% da emissão».

Os investidores portugueses ficaram com 13,4% da emissão e Espanha com 8%.

A distribuição foi também «bastante diversificada em termos de tipo de Investidores», com uma importante participação de bancos (33,9%) gestores de Activos (35,2%) e seguradoras e fundos de pensões (22,7%).
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