Alimentos vão subir de preço em 2008

Segundo o jornal «Público», a indústria agro-alimentar prevê aumentos dos preços de 5 a 10% em 2008, mas a última palavra é do sector da distribuição.

As causas para este agravamento dos preços deve-se ao aumento da procura, tanto para a alimentação como para os biocombustíveis, e as péssimas colheitas que levaram ao aumento do preço dos cereais, uma matéria-prima que está na base da maior parte dos produtos alimentares.

O problema é mundial e Portugal não escapa às consequências: o pão deverá ser o primeiro produto a fazer reflectir o aumento de preços das matérias-primas.

A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares considera que os preços à saída das indústrias deverão aumentar entre 5 a 10 por cento. Mas esta subida pode não reflectir-se na mesma proporção junto do consumidor, porque quem tem a última palavra na fixação de preços é o sector da distribuição.

O «Público» recorda ainda que em Setembro, a cevada está a 247 euros por tonelada, o milho a 215 e o trigo dorrageiro a 262. Há um ano, estes cereais estavam, respectivamente, a 140, 165 e 147. A soja situa-se nos 245, contra os 220 em igual período de 2006.