Parceiros insistem que medidas do Governo são insuficientes

Os parceiros sociais consideram fundamental a possibilidade de acompanharem a execução das medidas de combate à crise económica, que alguns consideraram insuficientes.

O secretário-geral da UGT defendeu esse acompanhamento para que os parceiros sociais possam verificar se, de facto, as medidas desenvolvidas pelo Governo chegam para travar o desemprego, escreve a Lusa.

Apoio ao emprego: 12 mil já beneficiaram

36 mil empresas não vão despedir

«As medidas para manter e criar emprego são insuficientes», disse João Proença aos jornalistas no final de uma reunião de concertação social sobre o impacto das medidas de combate à crise.

Para o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, as medidas promovidas pelo Governo «podem significar um avanço» mas precisam do acompanhamento dos trabalhadores, no terreno.

Carvalho da Silva propôs mesmo que fossem criados observatórios regionais que façam um acompanhamento descentralizado da execução das medidas em defesa do emprego e dos problemas que vão surgindo.

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou que as medidas governamentais são insuficientes face à dimensão da crise e disse que aguarda «com expectativa novas medidas».

José António Silva defendeu, nomeadamente, que o Governo controle a aplicação das linhas de crédito, «que não estão a ter o efeito devido porque a banca impõe critérios muito selectivos».

«A banca está só a olhar para si, não está ao serviço da economia nem dos interesses nacionais», criticou o presidente da CCP.