Rangel ataca «aliança Granadeiro-PS-Governo» - TVI

Rangel ataca «aliança Granadeiro-PS-Governo»

Debate quinzenal no Parlamento

Líder do PSD considera que «aliança é prejudicial para a democracia»

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O líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, afirmou esta terça-feira durante o debate do Estado da Nação que «a aliança Granadeiro-PS-Governo é prejudicial para a democracia».

Paulo Rangel criticou «o comportamento politicamente promíscuo de altos quadros da PT, que, na qualidade de administradores de empresas com supervisão do Estado, interferem activamente no debate político».

«Primeiro, embora houvesse negócio, o primeiro-ministro dizia não saber, mas tinha de saber», diz Rangel.

«Depois, as juras públicas dos mais altos quadros da PT, para quem não havia negócio, nem havia conhecimento de nada por parte do PM. Depois, foi o próprio PM que resolveu proibir o negócio que, segundo o próprio não sabia nem tinha de saber. Tudo isto numa flash interview, com a informalidade própria de quem sente a urgência de desembaraçar-se de um empecilho», disse Paulo Rangel, que desafiou o Governo a demarcar-se desta «promiscuidade político-corporativa-empresarial».

«Dantes eram os políticos que se convertiam em administradores empresariais, agora são os administradores empresariais que se convertem em políticos», criticou Rangel, considerando que o fazem «em socorro desesperado do Governo».

Paulo Rangel considera que «ao fim de quatro anos podemos ver que o PS e este Governo falharam rotundamente. Primeiro foi o adiamento do TGV - que até aqui era o alfa e o ómega da modernização e da superação da crise -, mas que num ápice foi engolido pelo novo argumento do escrúpulo democrático. Ficamos entretanto a saber que o mesmo escrúpulo também vale para o aeroporto», afirmou Paulo Rangel, afirmando que o Governo se deixa guiar pelo «oportunismo e a conveniência da resposta às sondagens que mostram a opinião dos portugueses sobre os investimentos públicos. Como os portugueses já estão muito castigados pelos desvarios dos Executivos de Guterres, estão largamente contra as obras faraónicas e os mega-projectos, há que simular em vésperas de eleições que esses investimentos não vão ser feitos».

E Rangel adianta que «actualmente o argumento democrático já só não vale para a inacreditável obra dos longos onze anos de Governos socialistas: a terceira auto-estrada Lisboa-Porto, a auto-estrada cor-de-rosa». Mas o líder parlamentar do PSD acredita que, tal como o Governo cedeu no TGV e no Aeroporto também há-de ceder na auto-estrada cor-de-rosa.

«Um estado que se sente uma desagregação progressiva e fulminante, uma desorientação, um desnorte, uma situação de apodrecimento político que tem de ser denunciada e combatida. De facto há algo podre no reino da Dinamarca», afirmou Paulo Rangel. O líder do PSD questionou a continuidade em funções de vários membros do Governo, como o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, do ministro da Justiça, Alberto Costa, e do ministro da Agricultura, Jaime Silva.
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