Eleições Açores: partidos pequenos recorrem às novas tecnologias - TVI

Eleições Açores: partidos pequenos recorrem às novas tecnologias

Açores

Orçamentos reduzidos forçam a procura de soluções alternativas

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Orçamentos reduzidos e a dispersão de um arquipélago de nove ilhas obrigam os partidos mais pequenos a recorrerem à imaginação e às novas tecnologias para cativar os açorianos para as propostas que serão sufragadas a 19 de Outubro, informa a agência Lusa. Sites e blogs foram as soluções encontradas pelos pequenos partidos para contornar limitações orçamentais de uma campanha eleitoral dispendiosa.

Muito distante dos orçamentos de centenas de milhares de euros do PS e PSD, o Partido Popular Monárquico (PPM) concorre pelas nove ilhas e círculo regional de compensação e vai apostar numa campanha on-line, por considerar a Internet um «instrumento fundamental e útil» para fazer passar as suas mensagens sem gastar mais dos que os 4.500 euros previstos.

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Além do blog, o PPM, que conta um total de 70 cartazes espalhados pelas ilhas, tenciona actualizar permanentemente a sua página da Internet (www.ppmacores.org), para que os eleitores possam estar sempre informados.

O MPT e o PDA

Também o Movimento Partido da Terra (MPT), que concorre por São Miguel, Terceira e círculo de compensação, olha para as novas tecnologias como um «parceiro estratégico e económico» de divulgação das suas propostas, durante uma campanha que deve ser «mais de ideias e menos de folclore».

Em vez de comícios e jantares, vão investir na publicação de um jornal de campanha, na página oficial, no blog e em contactos personalizados com a população das várias freguesias de São Miguel, ilha que pretende percorrer utilizando somente um carro.

Para o único partido nacional com sede nos Açores, o Partido Democrático do Atlântico (PDA), os resultados baixos obtidos nos actos eleitorais anteriores não desmotivam quem sonha eleger uma «voz genuinamente açoriana» para o parlamento açoriano em Outubro.

Representação nacional

O Bloco de Esquerda está convicto que vai conseguir eleger, pela primeira vez, uma representação parlamentar e contribuir para «arejar» a democracia no arquipélago. Com cerca de 50 mil euros, a líder do partido na região, Zuraida Soares, adiantou à Lusa que a campanha bloquista vai servir para apresentar «políticas alternativas», centradas na defesa dos serviços públicos, combate à pobreza e desigualdade.

Em Abril, o CDS/PP nos Açores, que concorre a todos os círculos eleitorais, anunciou que pretendia realizar ¿uma campanha eleitoral de rigor¿ devido à situação económica do país, elegendo a vertente tecnológica como um dos principais instrumentos de divulgação do seu projecto de desenvolvimento para o arquipélago.

Afastados do parlamento açoriano desde 2004, os comunistas açorianos acreditam profundamente que a «longa travessia no deserto» vai terminar em Outubro, porque a coligação CDU/Açores (PCP e Os Verdes), com um orçamento de cerca de 180 mil euros, «é uma força política equilibradora que faz falta».

Além da página na internet, os comunistas vão imprimir na gráfica do partido, no continente, cerca de 500 mupis, 28 mil folhetos e dez mil autocolantes, a que se juntam mais alguns prospectos específicos para cada círculo eleitoral, canetas e faixas.
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