O presidente do PSD considerou esta quinta-feira que a imagem do primeiro-ministro, José Sócrates, foi afectada pelas decisões de ratificar o novo tratado europeu no Parlamento e de construir o futuro aeroporto de Lisboa em Alcochete.
Segundo Luís Filipe Menezes, que falava em conferência de imprensa, na sede do PSD, foram duas mudanças de posição «em escassos dias» em relação a medidas que Sócrates defendeu «de forma muito enfática ao longo dos últimos dois anos», um referendo europeu e a construção de um aeroporto na Ota.
Quanto à opção por Alcochete, para Menezes esta equivale, na próxima década, à solução Portela+1 porque «um aeroporto leva anos e anos a ser construído» e a nova obra «deve desenvolver-se de acordo com a procura».
Sem pressão, Sócrates não tinha mudado
Menezes congratulou-se com a decisão do Governo, mas considerou que «sem a enorme pressão exercida pelos partidos da oposição, nomeadamente pelo PSD, e pela sociedade civil não teria havido retrocesso do engenheiro Sócrates», o que lamentou.
«Julgamos que isso atinge de forma muito marcada a imagem de um primeiro-ministro em queda. Todos verificamos que é um primeiro-ministro sem coragem, que hesita, que muda com muita frequência de opinião, que tem convicções que não são muito, muito profundas».
O presidente do PSD salientou que «normalmente um projecto de poder com sucesso está ligado à imagem do seu líder, neste caso do primeiro-ministro».
«Nos dois casos em que mudou de opinião foi a reboque de posições tomadas apropriadamente com clareza pelo PSD» e «do sentir profundo do país», disse, acrescentando que no caso da ratificação do novo tratado europeu a posição do PSD foi tomada em Outubro e no caso do aeroporto «há mais de um ano, desde a anterior liderança do dr. Marques Mendes».
Dois dias, duas mudanças de posição
- Portugal Diário
- 10 jan 2008, 17:19
Menezes considera que imagem do primeiro-ministro ficou afectada
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