BE: CDS «vende» ideia de que está tentar limitar impostos - TVI

BE: CDS «vende» ideia de que está tentar limitar impostos

Acusação feita pela deputada bloquista Ana Drago

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O BE acusou hoje o CDS-PP de tentar «vender» a ideia de que «está a batalhar para limitar o aumento de impostos com cortes na despesa», argumentando que os pobres serão sempre os mais penalizados, noticia a Lusa.

«Nos últimos dias, o CDS tem vindo tentar "vender" a ideia que está a batalhar para limitar o aumento de impostos com cortes na despesa», afirmou a deputada Ana Drago durante uma declaração política na Assembleia da República.

Para o BE, cortar ou aumentar impostos irá penalizar os mesmos porque «são cortes no apoio a quem perdeu o emprego, são cortes na saúde ou na educação», levando à destruição dos serviços públicos do Estado é «retirar o rendimento dos portugueses».

«Pior, penaliza sobretudo os mais pobres. Só o preconceito de classe pode explicar que certos partidos estejam tão preocupados com os impostos, enquanto vão destruindo os serviços públicos», argumentou.

As críticas à postura do CDS-PP ocuparam grande parte da intervenção de Ana Drago, mas os democratas-cristãos não pediram a palavra para questionar o Bloco.

Acabou por ser um diálogo entre esquerdas o que a declaração política do BE desencadeou no Parlamento, com o deputado socialista João Galamba a convergir na analise de que cortar na despesa é «cortar nos rendimentos dos pobres», é «aumentar os impostos aos pobres», e a deixar um desafio ao BE.

«Não é rasgar o memorando, não é despachar a troika do país, é fazer aquilo que é a única opção se quiser ficar dentro da zona euro e na Europa: é defender competentemente uma solução negociada com os nossos parceiros», desafiou.

«Um partido responsável que queira mais do que dizer "não" e que queira verdadeiramente apresentar-se aos portugueses como uma solução credível, tem a obrigação de propor apenas e só uma coisa: que é a renegociação, uma renegociação firme, uma renegociação competentemente», argumentou.

Segundo João Galamba, «é isso que qualquer partido responsável de esquerda, seja o PS seja o Bloco de Esquerda - infelizmente, não o PCP, que já se percebeu que continua em fantasias que só existem na sua própria cabeça - tem o dever de apresentar aos portugueses».

Contudo, Ana Drago manifestou-se indisponível para esse «combate moral» ao lado da troika e respondeu que a solução é «enfrentar os credores», argumentando que o memorando não é melhor se lá for desenhada «uma flor ou um coração».
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