PP quer investigação ao aumento no preço do pão - TVI

PP quer investigação ao aumento no preço do pão

  • Portugal Diário
  • 2 abr 2008, 07:12
Industriais de panificação não vão conseguir manter preços actuais por muito mais tempo

Populares exigem portal que mostre evolução dos preços de bens essenciais

Relacionados
O CDS-PP apresenta esta quarta-feira no Parlamento um projecto de resolução que propõe que a Autoridade da Concorrência investigue o aumento do preço do pão, leite, queijo, ovos e gás, em nome da «transparência e bom funcionamento do mercado», refere a Lusa.

No mesmo dia, os deputados democrata-cristãos apresentam um segundo projecto de resolução, que sugere a criação de um portal na Internet sobre a evolução de preços de bens essenciais, como o vestuário, taxados com o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) a 21 por cento, cuja descida para 20 por cento, em Julho, foi anunciada há uma semana pelo Governo socialista.

Justificando o projecto de resolução sobre a Autoridade da Concorrência, o líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feyo, lembrou que, em 2007, o preço do pão subiu 10 por cento, o do leite, ovos e queijo 11 por cento e o do gás 7 por cento.

«Aumentos superiores à inflação», referiu Diogo Feyo, apontando como possíveis explicações o aumento do custo das matérias-primas, o funcionamento dos mercados nacional e internacional, o abuso de posição de mercado ou a cartelização de preços.

No projecto de resolução, o CDS-PP pede que o Governo utilize os mecanismos previstos na lei e solicite à Autoridade da Concorrência uma investigação, determinando as causas, do aumento do preço do pão, ovos, leite, queijo e gás.

«Isto em defesa da necessária transparência do mercado e do seu bom funcionamento», sustentou o líder parlamentar dos democratas-cristãos.

O CDS-PP considera ainda «essencial» um portal na Internet com informação sobre a evolução de preços, invocando que o IVA «é um imposto pouco elástico».

«É necessário que se veja a evolução de preços [antes e depois da descida do IVA] para se ver qual o efeito [real] no preço dos bens», advogou Diogo Feyo.
Continue a ler esta notícia

Relacionados