«Vital Moreira é um grande problema na campanha do PS» - TVI

«Vital Moreira é um grande problema na campanha do PS»

«Promessas falhadas» dos socialistas em destaque no comício apinhado de Coimbra

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Outrora foi o local onde eram julgadas, humilhadas e queimadas todas as pessoas suspeitas de pertencerem a outra religião que não a católica. Mas esta segunda-feira, o Pátio da Inquisição, em Coimbra, foi o palco escolhido para «queimar» outra espécie de cartuchos, de outro tipo de fé.

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As «bruxas» foram as do costume, os socialistas, e a não reabertura das minas de Aljustrel, prometida pelo cabeça-de-lista do PS para esta segunda-feira, o motivo.

«Vital Moreira está a ser um grande problema na campanha do PS. Um problema tanto maior quanto mais governamental ele é. Apanhou os vícios de todos os anúncios falsos, em que este Governo tem sido artista», criticou Miguel Portas.

A Qimonda também serviu de pretexto para o bloquista perguntar: «Quantas vezes prometeu José Sócrates que iria defender os seus trabalhadores?» Miguel Portas aproveitou a questão para atacar a ordem económica internacional, num tom zangado e «de esquerda», como o próprio o caracterizou.

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«A razão pela qual a Qimonda não sobreviverá tem a ver com o facto da UE e os EUA praticarem regras de competição onde a variável estratégica do lucro são os salários mais baixos», apontou.

Francisco Louçã também andou pelos caminhos da economia, acusando o Estado de «abusar da lei» em relação aos 16 mil trabalhadores a recibos verdes em risco de desemprego e voltando a carregar na tecla do BPP, do BPN e do «buraco» da CGD, agora de «2.550 milhões de euros».

De contas em contas, o líder bloquista falou de «uma espécie de lei vital», aludindo à conversa entre o candidato socialista e dois turistas franceses, em que Vital Moreira terá dito que ia ganhar as eleições com 40 por cento dos votos. «De quanto mais longe são os turistas, mais percentagem ele diz que o PS tem. Imaginem se fossem da Letónia, para Vital Moreira o PS teria uns 110 por cento¿», ironizou.

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Já a número dois Marisa Matias recordou um artigo de Vital Moreira de 2006, em que o socialista queria «pôr fim ao selectivismo politicamente motivado que afasta a poluição de Lisboa», defendendo a instalação de uma co-incineradora em Alhandra e não em Coimbra, que seria «um teste de credibilidade e isenção política a José Sócrates». «E Sócrates falhou. Ninguém diria que estivessem juntos agora¿», afirmou.

O mandatário da campanha, Fernando Nobre, também falou durante o comício apinhado de Coimbra, traçando uma meta ambiciosa: «Quero os três em Bruxelas. O Miguel Portas, a Marisa Matias e o Rui Tavares.»

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