O DEO é o «documento do embuste orçamental» - TVI

O DEO é o «documento do embuste orçamental»

Catarina Martins (Lusa)

Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, acusa o Governo de «não ter limites» nem «palavra» ao aumentar novamente os impostos e diminuir salários

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins descreveu hoje o Documento de Estratégia Orçamental (DOE) como o «documento do embuste orçamental», acusando o Governo de «não ter limites» nem «palavra» ao aumentar novamente os impostos e diminuir salários.

«O Governo prometeu que não aumentaria mais impostos e que ia repor o que foi retirado a quem trabalha. Conhecemos ontem [quarta-feira] o DOE, que será também o documento do embuste orçamental, porque o que diz o Governo é que, afinal, as pensões e os salários vão ter cortes na mesma, com novos nomes, e vamos ter todos mais impostos», afirmou Catarina Martins durante as comemorações do Dia do Trabalhador promovidas no Porto pela CGTP-IN.

Sustentando que «para este Governo não há limites ao saque de quem trabalha e à destruição da economia do país», a líder do bloco acusou o executivo de Passos Coelho de ter uma «palavra que vale zero» e de «roubar cada vez mais aquilo que é o produto do trabalho de quem vive» em Portugal.

«Na mesma semana em que o Governo dizia «não vai haver aumento de impostos, vamos descer o preço da energia e vamos subir o Salário Mínimo Nacional» ficámos a saber que o IVA vai subir (e com isso todos os preços, incluindo o da eletricidade) e a TSU [Taxa Social Única] vai aumentar (e com isso todos os salários vão descer, incluindo o salário mínimo nacional)», afirmou Catarina Martins.

Para o BE, 40 anos passados desde que em Portugal «se pode festejar o 1.º de maio em liberdade», é «o momento para o país, de pé, dizer que não pode mais estar sujeito aos desmandos da finança», refletindo isso mesmo na votação para as eleições europeias deste mês.

O Governo entregou na quarta-feira no parlamento o DEO, que prevê, entre outras medidas, a aplicação na Função Pública de uma tabela salarial única e de suplementos, o aumento do IVA para 23,25% e o aumento da Taxa Social Única (TSU) em 0,2 pontos percentuais.
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