Cavaco Silva garantiu que se for reeleito será um Presidente da República «activo e dinâmico», mas simultaneamente «prudente», considerando que um PR não pode ter «uma interpretação emotiva, passional e desrazoável» do cargo que ocupa.
«É essencial que um Presidente da República faça uma leitura adequada dos poderes que a Constituição lhe atribui. Não pode permitir que as suas competências sejam postas em causa por outros órgãos de soberania, ameaçando o delicado equilíbrio de poderes inscrito na nossa Lei Fundamental», defendeu, na cerimónia de apresentação do seu manifesto eleitoral, citado pela Lusa.
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Mas, ao mesmo tempo, disse ainda, «não é admissível que, no contexto de uma democracia consolidada, um Presidente da República proceda a uma interpretação emotiva, passional e desrazoável do lugar que lhe compete no sistema de governo» português.
«Um Presidente da República não é responsável pela governação do País, mas também não é uma figura meramente decorativa ou simbólica. É, desde logo, o garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições», sublinhou.
Cavaco Silva defendeu que o PR «exerce um papel fundamental na representação da República, pelo que deve estabelecer uma relação de proximidade fraterna com as comunidades portuguesas no estrangeiro e partilhar as grandes linhas de orientação da política externa, de modo a que Portugal actue a uma só voz» na cena internacional.
«O primeiro e mais decisivo vector da nossa credibilidade externa é o desempenho do País no plano interno, seja no domínio da economia e das finanças, seja no domínio do funcionamento das instituições. Não há credibilidade externa que resista a um mau desempenho interno. Por isso, a representação da República deve assentar numa magistratura presidencial marcada pela responsabilidade e pela credibilidade», alertou.
Se a 23 de Janeiro for eleito Chefe de Estado, Cavaco Silva garante que será «um Presidente activo e dinâmico, mas realista e prudente».
«Para o futuro do país, tenho ideias claras e realistas, mas não estou nem estarei ao serviço de uma ideologia. Não serei um Presidente sectário ou de facção, que actua em nome de um grupo. Serei um factor de união e um promotor de soluções, não um elemento de divisão nem uma fonte de problemas», frisou.
Apelando ao combate à abstenção, em nome das gerações futuras, Cavaco Silva garantiu que a sua candidatura será «tranquila, sóbria nos meios, serena nas atitudes» e respeitará os seus adversários.
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Cavaco promete ser «activo», mas sem governar
- Redação
- CP
- 29 nov 2010, 20:18
![Cavaco Silva (LUSA)](https://img.iol.pt/image/id/13345049/1024.jpg)
Candidato e actual Presidente quer país «a uma só voz»
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