Fernando Nobre: «Ninguém é santo, somos todos cinzentos» - TVI

Fernando Nobre: «Ninguém é santo, somos todos cinzentos»

Fernando Nobre (LUSA)

Candidato lamenta que o debate presidencial «se tivesse encaminhado» para o tema do BPN com ataques pessoais, mas defende que Cavaco deve explicar «a quem comprou e a quem vendeu as acções»

Relacionados
O candidato presidencial Fernando Nobre defendeu esta terça-feira que Cavaco Silva deve explicar «a quem comprou e a quem vendeu as acções» da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que detinha o BPN (Banco Português de Negócios).

«Chegados a este ponto, acho que o professor Cavaco Silva terá que explicar algo. (...) Explicar muito sucintamente a quem é que comprou as acções e a quem é que vendeu, ponto final. Se as acções deram o lucro que deram isso é um assunto interno do banco e o banco que se explique», afirmou Fernando Nobre.

Em entrevista à RTP, o candidato que se apresenta às eleições de 23 de Janeiro como independente frisou que gostaria que o debate presidencial «não se tivesse encaminhado» para o tema do BPN com ataques pessoais.

«Porque entramos num lodaçal que é esquisito e há vários candidatos que deveriam ter muita atenção porque também têm bastantes telhados de vidro», disse, recusando depois identificar a quem se referia.

«Ninguém é santo, somos todos cinzentos», ilustrou o médico, dizendo que preferia que nestas eleições se discutissem «projectos, ideias e valores».

Questionado sobre se tenciona fundar qualquer partido ou movimento, Fernando Nobre afirmou «categoricamente» que «não».

Disse estar na corrida presidencial «para ganhar» e previu que um mau resultado para a sua candidatura «será dramático para o povo português», porque «nas próximas décadas não haverá outro cidadão que nunca tenha sido político ou deputado que ouse candidatar-se».

Fernando Nobre destacou o apoio manifestado à sua candidatura na rede social Facebook, na Internet, citando os quase «31 mil» seguidores das suas mensagens.

«É uma arma sem a qual não podia ter sido candidato», declarou, afirmando que foi uma «peça fundamental» na recolha de assinaturas e fundos para uma campanha avaliada em «800 mil euros».



O candidato repudiou ainda as insinuações de que teria sido o ex-Presidente da República Mário Soares a impulsionar a sua candidatura. «É um insulto para o meu carácter. Nunca ninguém tomou as minhas decisões por mim. Se houve estímulo, veio de outros quadrantes e personalidades», escusando-se a precisar quais, para já, remetendo para um livro que tenciona escrever.
Continue a ler esta notícia

Relacionados