Secretas: Cavaco «não se pronuncia» - TVI

Secretas: Cavaco «não se pronuncia»

Cavaco Silva

Presidente da República diz que os dirigentes políticos não se devem pronunciar sobre matérias que estão a ser investigadas pelo Ministério Público

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O Presidente da República, Cavaco Silva, escusou-se a comentar o caso das «secretas», considerando que «os dirigentes políticos não se devem pronunciar» sobre essa matéria por estar a ser investigada pelo Ministério Público.

«É uma matéria que está a ser objeto de investigação por parte do Ministério Público e enquanto se desenvolve uma investigação dessa natureza entendo que os dirigentes políticos não devem pronunciar-se», afirmou Cavaco Silva, em Matosinhos, cita a Lusa.

Na segunda-feira, o Ministério Público acusou três arguidos do denominado «caso das secretas» pelos crimes de acesso ilegítimo agravado, abuso de poder, violação do segredo de Estado e corrupção passiva e ativa para ato ilícito.

A acusação do Ministério Público ocorre depois de, a 26 de Abril, terem sido interrogados no DIAP de Lisboa o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, e o ex-administrador da empresa e ex-diretor Sistema de Informações Estratégicas e de Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho, por suspeita de ilícitos criminais relacionados com acesso ilegítimo a dados pessoais do jornalista Nuno Simas.

O jornal «Público» noticiou na quinta-feira que o ex-diretor Sistema de Informações Estratégicas e de Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho, «algum tempo depois das eleições legislativas de 2011», quando era já quadro da empresa Ongoing, «enviou, por correio eletrónico, ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, um relatório detalhado com um plano para reformar os serviços de informação», propondo para diretores do SIS (Serviço de Informações de Segurança) e do SIED «funcionários da sua confiança e apontando ainda os nomes daqueles que não deveriam assumir cargos dirigentes».

O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, deve ser ouvido na terça-feira no Parlamento sobre as «secretas», na sequência de um pedido de audição do BE que o próprio quis que se realizasse com urgência.
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