CDS quer alunos informados de taxa de empregabilidade - TVI

CDS quer alunos informados de taxa de empregabilidade

Manifestação 12 de Março (Lusa)

Partido apela para que alunos sejam informados pelas universidades sobre saídas

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O CDS-PP vai levar ao 24.º Congresso, no próximo fim-de-semana em Viseu, uma proposta para que as universidades informem os futuros alunos das taxas de empregabilidade dos cursos em que se pretendem inscrever.

A iniciativa insere-se num conjunto de 20 «soluções urgentes» destinadas à «geração à rasca» que foram preparadas por Adolfo Mesquita Nunes, vice-presidente da concelhia de Lisboa do CDS-PP numa moção apoiada pela direcção democrata-cristã que será discutida no Congresso.

Adolfo Mesquita Nunes defendeu que os problemas identificados na canção dos Deolinda «Que parva que sou» são «problemas reais de uma geração sem remuneração, amarrada à casa dos pais» e com dificuldades de se inserir no mercado de trabalho e que «foi traída pelos Governos socialistas», disse à Lusa.

O primeiro subscritor da moção considera que um dos problemas com que os jovens se deparam é a falta de informação sobre as reais saídas e taxas de empregabilidade dos cursos superiores.

Adolfo Mesquita Nunes defende a criação de um «contrato de transparência» entre as universidades e os alunos, através do qual os estudantes «tomam conhecimento das taxas de empregabilidade e dos resultados obtidos nos diversos rankings de avaliação da Universidade».

Quanto ao mercado de trabalho, Adolfo Mesquita Nunes defende maior «autonomia contratual» e a revisão de regras que actualmente «fazem com que o empregador receie contratar porque será um risco» nomeadamente as regras sobre a mobilidade do trabalhador ou a mudança de função.

«O modelo que temos é rígido em que o Estado regula com exaustão a contratação de novos empregados, esse modelo teve como resultado as entidades empregadoras verem como risco incomportável a contratação de novos trabalhadores», referiu.

Adolfo Mesquita Nunes apela também para a necessidade de alterar a lei do arrendamento de modo a facilitar os mecanismos de despejo em caso de incumprimento, e a promoção da liberalização do mercado de arrendamento.



«Hoje temos uma geração que só consegue sair de casa dos pais se se endividar para comprar uma casa. E se recorrer a um crédito, não pode canalizar o crédito para um negócio seu, não pode pedir um crédito para melhorar as suas qualificações. É uma geração que é velha antes de o ser», alegou.
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