"Se tiverem perguntas para me fazer podem enviar-me um SMS" - TVI

"Se tiverem perguntas para me fazer podem enviar-me um SMS"

Líder do CDS-PP respondeu com ironia às questões sobre a coligação e a alegada demissão por SMS

O líder do CDS-PP disse esta sexta-feira que a coligação com o PSD "está bem" e "é para ganhar", desvalorizando a questão sobre se fez o seu pedido de demissão de ministro dos Negócios Estrangeiros por carta ou SMS.

Questionado pelos jornalistas sobre se o seu pedido de demissão foi feito por carta ou mensagem de telemóvel (SMS), Paulo Portas respondeu de forma irónica: "Apresenta-se ao serviço o líder do principal partido da oposição, se tiverem perguntas para me fazer podem enviar-me um SMS, eu respondo-vos por SMS ou por carta. Quanto à coligação, está bem, recomenda-se, é para ganhar e não dou importância nenhum ao sucedido nos últimos dias".

Na passada terça-feira, o gabinete de imprensa do CDS-PP esclareceu que Paulo Portas formalizou o seu pedido de demissão do Ministério dos Negócios Estrangeiros por carta e não por SMS, como é referido numa biografia autorizada do primeiro-ministro. Na quarta-feira, no debate quinzenal, Pedro Passos Coelho referiu-se a Paulo Portas como “líder da oposição”, um aparente lapso que não corrigiu posteriormente.

O vice-primeiro-ministro falava aos jornalistas em Aljustrel após ter inaugurado o novo laboratório mineralógico e visita as minas de Aljustrel, no Alentejo.

A biografia autorizada do primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, intitulada "Somos o que escolhemos ser", da autoria de uma assessora do grupo parlamentar social-democrata, Sofia Aureliano, foi lançada na passada terça-feira, em Lisboa.

No livro, é citada uma frase atribuída a Pedro Passos Coelho, relativa à crise do verão de 2013: "Fui almoçar e quando ia a caminho da comissão permanente, às 15:00, recebi um SMS do dr. Paulo Portas a dizer que tinha refletido muito e que se ia demitir".

A 02 de julho de 2013, Paulo Portas, então ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, apresentou o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, afirmando que a sua decisão era "irrevogável".

Em comunicado, Portas justificava a decisão por discordar da escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta.

 
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