Ministro acusa PSD «inventonas» para chegar ao poder - TVI

Ministro acusa PSD «inventonas» para chegar ao poder

Vieira da Silva

Vieira da Silva diz que sociais-democratas querem entrada do FMI, mas Governo não pretende partilhar a soberania do país

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O socialista Vieira da Silva acusou sábado à noite o PSD de querer chegar ao poder «à custa dos portugueses», ao «desejar» um pedido de ajuda externo, garantindo que o Governo não pretende partilhar a soberania do país.

Vieira da Silva adiantou que a prioridade do Governo «é saber responder à ameaça» de Portugal «perder graus de liberdade», com um pedido de ajuda externo, advertindo que o Executivo «não está disponível para partilhar mais soberania».

«Mas outros estão, desejam-na e olham como um caminho para o poder. Triste caminho para o poder que é construído à custa de Portugal, dos portugueses e do seu futuro. Com esses não estaremos, nem o país decerto estará», afirmou.

As declarações do dirigente socialista e ministro da Economia foram proferidas no sábado à noite, em Évora, durante a apresentação da moção política de orientação nacional de José Sócrates, no âmbito do XVII Congresso Nacional do PS.

Numa sala com cerca de 80 militantes, Vieira da Silva sublinhou que «os interesses de Portugal exigem que o líder do PSD diga que está disponível para contribuir para as melhores soluções para evitar uma intervenção externa, nomeadamente do Fundo Monetário Internacional (FMI)».

Contudo, Pedro Passos Coelho «parece mais interessado em evitar crises internas do que contribuir para evitar uma crise política nacional», frisou o dirigente socialista, condenando a actuação do maior partido da oposição.

«O PSD não hesita a recorrer a todos os meios, inclusivamente com aquilo a que noutros tempos podíamos chamar inventonas, a última foi a invenção da carta que seguiu [para Bruxelas] um dia antes de ter seguido», lamentou.

Afirmando que «não é com a criação de crises desnecessárias que se ajuda os problemas do país», Vieira da Silva criticou os sociais-democratas por não quererem negociar e discutir as propostas de austeridade com o Governo.

«O PSD está a querer justificar o que é injustificável, a sua indisponibilidade para discutir com o Governo legítimo da República as soluções para a crise que atravessamos, apesar de se manifestar completamente disponível, sem saber sequer ainda as condições, para governar com o FMI», afirmou.
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