Francisco José Viegas repudia declarações de Assis - TVI

Francisco José Viegas repudia declarações de Assis

Francisco José Viegas, secretário de Estado da Cultura

Secretário de Estado da Cultura diz que deputado socialista pretende «condicionar o debate» na Cultura

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O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, repudiou esta sexta-feira «veementemente» as declarações do deputado socialista Francisco Assis, que o acusou de «indigência cultural» e «dirigismo estalinista» por pretender analisar as escolhas feitas pelos programadores culturais, escreve a Lusa.

«Ao dizer o que disse e da forma como o disse, o Dr. Francisco Assis pretende condicionar o debate na Cultura e fá-lo deturpando em absoluto o que foram as minhas declarações e o que são as intenções do Governo para o sector cultural. Para mais, recorrendo a um "soundbyte" demagógico e destituído de sentido», afirmou Francisco José Viegas em comunicado enviado à Lusa.

Em declarações esta sexta-feira feitas à Lusa, o candidato derrotado à liderança do PS insurgiu-se contra a hipótese de a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) passar a submeter a análise as escolhas de programação feitas pelos programadores culturais, atendendo aos públicos a que se destinam.

«A concretizar-se, estamos perante uma grosseira violação dos princípios de uma sociedade aberta e liberal. É a indigência do ponto de vista cultural», afirmou Francisco Assis, classificando ainda tal iniciativa como «uma mistura de dirigismo cultural estalinista e de telenovela mexicana».

Em resposta, Francisco José Viegas afirmou: «Não passa pela cabeça de ninguém invocar a imagem de um visto da tutela à programação seja de quem for. Nunca, basta conhecer-me minimamente, encararia sequer discutir decisões de júris ou opções finais de programação de qualquer companhia de teatro».

«Seria preferível ao Dr. Francisco Assis aguardar as explicações que serão prestadas por mim em breve, em sede parlamentar, em lugar de provocar ruído, de uma maneira deselegante, mascarada de intervenção política. A discussão em torno da valorização dos teatros e dos seus repertórios irá ser feita, quer o PS queira ou não queira», acrescentou.

O responsável da Cultura frisou que «a intenção da SEC, desde sempre manifestada, é tão-somente que exista um debate aberto, frontal e claro sobre questões fulcrais que têm sido permanentemente descuradas, penalizando inclusive ¿ para além do público ¿ os próprios agentes culturais e artistas».
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