Histórico do PS quer «repensar» o partido

Edmundo Pedro, «histórico» resistente anti-fascista afirmou este sábado em Lisboa que não se revê, «em muitos aspectos», nas decisões da actual liderança do PS e do Governo sublinhando ser necessário «repensar» o partido.

Em declarações à Lusa, antes do início do «almoço de trabalho e de reflexão» promovido por Manuel Alegre, com o objectivo de «repensar o caminho dos socialistas», Edmundo Pedro mostrou-se «crítico» em relação ao «actual estado de coisas» e que, por essa razão, «tem o dever de olhar» para o partido e de «ajudar» a encontrar novas soluções.

«Há muitos socialistas à procura da esquerda no partido. Essa é a razão porque estou aqui. Tenho o dever de olhar para o partido que ajudei a fundar. Mas não sou nenhum bota abaixo», sublinhou.

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A viragem à esquerda é, no seu entender, «a essência» do que é necessário fazer no PS, admitindo que o partido está a seguir um caminho diferente do que esteve na origem da sua fundação.

Questionado sobre a eventualidade de a onda de choque de Manuel Alegre, oriunda das últimas eleições presidenciais, poder abrir uma fractura dentro do PS, deixando caminho livre à criação de uma nova força política, Edmundo Pedro afirmou que tal seria um absurdo.

«Seria uma absurdo. O que estamos aqui a fazer hoje é tentar contribuir para a busca de soluções para o partido e para o país, não para dividir», acrescentou.

As palavras de Edmundo Pedro não foram muito diferentes das proferidas por outros militantes socialistas presentes no encontro, que reúne cerca de 150 pessoas.