CDS/PP critica avaliação dos professores - TVI

CDS/PP critica avaliação dos professores

  • Portugal Diário
  • 3 mar 2008, 19:52

Processo é «injusto, inadequado e apressado» e «a sua aplicação deve ser adiada para o início do próximo ano lectivo», diz Diogo Feyo

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O presidente do grupo parlamentar do CDS/PP, Diogo Feyo, considerou esta segunda-feira, no Porto, que o actual processo de avaliação dos professores é «injusto, inadequado e apressado», noticia a agência Lusa.

«Por isso, a sua aplicação deve ser adiada para o início do próximo ano lectivo», afirmou.

Diogo Feyo sustentou ainda que a aplicação de um processo como este no terceiro período «só vem causar instabilidade nas escolas», num momento em que professores e alunos deveriam estar concentrados no final do ano escolar.

Ministra não responde a professores

Lenços brancos para a ministra da Educação

«Tal como está, o processo de avaliação dos professores é um monumento à burocracia, difícil e moroso, exactamente o contrário do Simplex», disse o responsável, em conferência de imprensa convocada para dar a conhecer as propostas do CDS/PP sobre a matéria.

Diogo Feyo considerou que a aplicação deste processo está a «provocar o caos nas escolas» e sustentou que a ministra da Educação é a principal responsável pela situação, devido à sua inflexibilidade.

Processo de avaliação no início do ano lectivo

«O processo de avaliação deve começar no início do ano lectivo, tendo os professores conhecimento das novas regras e critérios pelo menos entre três a seis meses antes», defendeu o parlamentar.

Salientou também que os dois meses que faltam, até ao final do ano lectivo, devem ser aproveitados para debater o processo de avaliação, procurando melhorá-lo.

«A senhora ministra deve ter em conta que a incompreensão face a esta reforma não vem só da classe dos professores, ela estende-se a toda a sociedade», afirmou Diogo Feyo.

CDS/PP contesta processo de avaliação

O CDS/PP, diz Feyo, não aceita numerosos elementos do actual processo de avaliação, nomeadamente a entrevista final aos professores, que, no entender dos centristas, se deve realizar apenas quando o professor o requeira e não em todos os casos.

Pretendem ainda retirar do processo todos os elementos não quantitativos e introduzir no sistema critérios de aferição para as escolas do litoral e do interior.

O CDS/PP também não aceita que as classificações dos alunos sejam incluídas na avaliação dos docentes, porque «não existem exames nacionais» que permitam uma aferição comum.

«Apenas aceitamos que entrem na avaliação dos professores critérios relacionados com a assiduidade, formação e capacidade pedagógica», afirmou Diogo Feyo.

Por isso, o líder parlamentar do CDS pede à ministra que «pare para reflectir, porque a avaliação dos professores deve ser bem feita para que seja boa para a educação e para os alunos».
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