Jardim: «O meu lema é pôr as pessoas felizes» - TVI

Jardim: «O meu lema é pôr as pessoas felizes»

Presidente do Governo Regional da Madeira diz que não pretende «agradar aos ministros das Finanças»

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O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse, este sábado, que o seu lema «é pôr as pessoas felizes e não agradar aos ministros das Finanças», garantindo que não contem com ele para «jogos de dinheiro». Na inauguração de uma unidade de saúde privada, no Caniço, concelho de Santa Cruz, Alberto João Jardim acusou, de novo, a Europa de estar «consagrada à adoração do bezerro de ouro».

«Dá a impressão que cada um de nós está reduzido a uma parcela orçamental, está reduzido a uma parcela da manipulação dos números e em que a vida dos países não está centrada sobre aquilo que é fundamental, que é a dignidade e as necessidades da pessoa», afirmou o chefe do Executivo madeirense.

Considerando que «hoje é tudo um jogo de cifrões», o governante acrescentou: «Não contem comigo para esses jogos de dinheiro, em que o dinheiro não é posto ao serviço dos cidadãos, em que o dinheiro não é posto pela banca ao serviço das pequenas e médias empresas, em que o dinheiro anda a dominar o Estado».

Alberto João Jardim disse ainda que o país «vive num paradoxo», pois quer «resolver os seus problemas num sistema capitalista selvagem, mas ao abrigo de uma Constituição que é, ideologicamente, socialista».

Para o presidente do Governo Regional, isto é «estar a brincar com coisas sérias». «É, de facto, algo que não se entende, porque podem fazer as contas todas, se o Estado não for reformado de alto a baixo, Portugal não consegue resolver os seus problemas, se o Estado não tiver uma visão humanizada dos cidadãos, os cidadãos não vão poder suportar este tipo de Estado por muito mais tempo», referiu o responsável.

De acordo com Alberto João Jardim, «pensar que se vai resolver, com as actuais estruturas constitucionais, o problema de Portugal sem reformas, é, no fundo, um pouco aquilo que se passou com os antigos cristãos na velha Roma». «Parece-me que há gente em Portugal que quer morrer pela Constituição, quer ser mártir do regime político e prefere que o país continue a ir para o fundo», declarou, convicto de que as pessoas de «bom senso» percebem que Portugal está a «atingir os limites» das suas possibilidades.

A este propósito, adiantou: «Também estamos a atingir os limites da nossa paciência, que ela se esgote de boa maneira e não se esgote de má maneira».
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