Vieira da Silva falava aos jornalistas no final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, que aprovou por unanimidade o projeto de programa eleitoral dos socialistas.
Confrontado com críticas internas à intenção de o seu partido reduzir a taxa social única (TSU) de trabalhadores e empregadores, o vice-presidente da bancada do PS e ex-ministro da Segurança Social desdramatizou a existência de opiniões distintas: "O maior inimigo da sustentabilidade do sistema de pensões é a destruição de emprego", advogou.
De acordo com o dirigente socialista, "nada pôs tão em causa o sistema de proteção social, em particular o sistema de pensões, como a brutal destruição de emprego que Portugal sofreu nos últimos anos".
"Desde a grande recessão perdemos mais de meio milhão de postos de trabalho - e imaginemos agora o que seria agora o contributo para a sustentabilidade do sistema de pensões. Por isso, a grande prioridade do PS é promover o mais rapidamente possível a recuperação da economia", justificou Vieira da Silva.
Vieira da Silva deixou ainda outra advertência: "Ninguém pense que o sistema de pensões se defende apenas no domínio da legislação, já que isso seria muito fácil".
"Os dados da destruição de emprego em Portugal são ainda perigosamente acrescentados pelo fenómeno da emigração", acrescentou.