«Por mim Mário Crespo fica a falar sozinho» - TVI

«Por mim Mário Crespo fica a falar sozinho»

Sócrates e Pedro Silva Pereira

Ministro Pedro Silva Pereira fala primeira vez sobre o polémico almoço

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É a reacção de um dos intervenientes no famoso almoço denunciado por Mário Crespo. O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, diz que Mário Crespo «vai ficar a falar sozinho».

Em entrevista à RTPN, o governante considera que o não há tempo a perder com «mexericos». «É uma história muito mal contada e absurda. Peço desculpa, mas não vou contar a versão correcta. Esta história nasceu porque alguém diz que alguém lhe disse que acha que ouviu dizer alguma coisa na mesa ao lado do restaurante. Já não estamos a falar nem de opinião nem de jornalismo, estamos a falar de mexericos e um Governo não se ocupa de mexericos», frisou.

Sem deixar dúvidas, Silva Pereira assegura: «Pela minha parte o Mário Crespo vai ficar a falar sozinho». E vai mais longe, considerando que este tipo de revelações remetem «ao tempo da ditadura».

Em declarações ao Correio da Manhã, o director de Programas da SIC, Nuno Santos, confirma que almoçou com Bárbara Guimarães no mesmo restaurante onde estavam José Sócrates, Pedro Silva Pereira e Jorge Lacão. No entanto, assegura que a conversa não foi exactamente como Mário Crespo revela: «Estávamos em mesas diferentes e a conversa não se passou da forma como é descrita».

Em entrevista ao jornal «i», Mário Crespo aponta o dedo a Nuno Santos, não escondendo a desilusão pelo comportamento. Quando lhe questionado se tinha ficado triste com a reacção do director de programas da SIC, não deixou dúvidas:

«Fiquei. Acho que eu na mesma situação ¿ meço sempre pelo que eu faria, por isso é que fiz uma pausa antes de responder. Eu na mesma situação teria reagido. Quero pensar que reagiria: «Olhe que eu conheço o homem, ele não é maluco nenhum. Não é impreparado nenhum. Isso agora também é subjectivo e certamente não necessita de solução rigorosamente nenhuma».

E confrontou Nuno Santos? «Logo, com o primeiro relato que tive. Mal recebi o email, reencaminhei-o para o Nuno Santos e pedi-lhe uma explicação. (...) Falei com ele para justificar o que aconteceu ¿ e ele não justificou o que aconteceu. Consubstancia o que aconteceu. (...) Era importante que ele tivesse reagido nas responsabilidades de que está investido. É uma fragilidade, mas poderá ter sido de momento. O primeiro-ministro a falar alto é uma figura intimidante. Para quem é intimidável».
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