Mário Crespo: «A minha fonte deu-me dados totalmente credíveis» - TVI

Mário Crespo: «A minha fonte deu-me dados totalmente credíveis»

Jornalista diz que conversa decorreu na mesa de Nuno Santos com «outra pessoa presente». «Agora sou um problema resolvido como Manuela Moura Guedes e José Manuel Fernandes», diz

Relacionados
O jornalista Mário Crespo garante que a conversa que originou a polémica crónica lhe foi reproduzida ipsis verbis por alguém que estava no restaurante. «A minha fonte deu-me dados totalmente credíveis. Estava ao lado, ouviu e reproduziu partes da conversa ipsis verbis», afirmou aos jornalistas à entrada para as Jornadas Parlamentares do CDS, onde falará sobre política americana.

«Nunca revelarei a minha fonte, mas posso apenas dizer que é alguém que escreve muitíssimo bem», adiantou Mário Crespo.

O jornalista adianta ainda que quando a informação lhe chegou, foi confirmar e comprovou a existência do almoço naquele local e que aquelas pessoas estiveram presentes. «Informei depois um dos elementos presentes de que iria actuar no fórum devido», explica, garantindo que não confrontou José Sócrates com esta questão.

Confrontado com informações de que Nuno Santos já teria confirmado ter estado presente no restaurante, Mário Crespo revelou depois que a conversa decorreu na mesa de Nuno Santos, «com outra pessoa presente».

«Não faço ideia de como a crónica chegou ao Instituto Sá Carneiro»

Mário Crespo garante não saber como a crónica chegou ao Instituto Sá Carneiro, ligado ao PSD. «Não faço ideia. Enviei a crónica, como o fazia nos últimos dois anos, para dois e-mails do JN. Desta vez não foi excepção», explica.

«A conversa com José Leite Pereira, em que ele me disse que não publicaria a crónica aconteceu à meia-noite de domingo. Disse-lhe então que não escreveria mais para o jornal».

Livro sai no final da semana

«Ontem de manhã liguei à Zita Seabra a dizer que queria publicar um livro em que a crónica seria o primeiro artigo. Ficou tudo acertado e o livro será lançado na quinta-feira» pela editora Alêtheia, explica Mário Crespo, que adianta que «terá um prefácio de Medina Carreira» e contará ainda com as «impressões» de Mário Crespo sobre esta questão.

«Agora sou um problema resolvido»

Questionado sobre se considerava que terá havido alguma influência de José Sócrates no facto de o JN não ter querido publicar a crónica, Mário Crespo afirma: «Não faço ideia», mas adianta: «O primeiro-ministro deste país disse que eu era um problema para resolver. Agora eu sou um problema resolvido no JN como Manuela Moura Guedes é na TVI e José Manuel Fernandes é no Público, como Marcelo Rebelo de Sousa. Começa a haver demasiados problemas resolvidos neste país».

Sobre as declarações de fonte do gabinete do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, que afirmou que o Governo não se pronuncia sobre «calhandrices», Mário Crespo afirma que «só utiliza a palavra calhandrice alguém que conhece bem o significado do termo».

Segunda presença nas Jornadas Parlamentares do CDS

Mário Crespo está esta terça-feira presente nas Jornadas Parlamentares do CDS, onde vai falar sobre o mandato de Brack Obama. O convite já estava feito e a presença confirmada ainda antes da polémica da crónica ter surgido.

Quando o questionaram sobre se tinha uma agenda política, Mário Crespo afirma que já foi convidado para falar ao BE, a uma distrital do PS e esta é a segunda vez nas jornadas do CDS. «É sempre um prazer participar com as forças políticas deste país», afirmou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados