Espionagem: «Ministro tenta atirar areia para os olhos» - TVI

Espionagem: «Ministro tenta atirar areia para os olhos»

Vieira da Silva

PSD acusa Vieira da Silva de ter atacado o coração do sistema de justiça

Relacionados
O deputado social-democrata Miguel Macedo acusou esta quarta-feira o ministro da Economia de ter atacado o «coração» do sistema de justiça, de ter feito uma pressão ilegítima junto dos órgãos de investigação criminal ao falar em «espionagem política» e de «tentar atirar areia para os olhos».

Na sequência da intervenção de Vieira da Silva na Assembleia da República , dizendo que a sua expressão «espionagem política» se destinou a condenar «uma lamentável violação do segredo de justiça», Miguel Macedo acusou o ministro da Economia de tentar «atirar areia para os olhos».

«Não diga que a sua afirmação sobre espionagem política tem a ver com uma notícia [do jornal Sol]. Esta afirmação é dirigida ao coração da investigação criminal», contrapôs o ex-secretário de Estado social-democrata, posição que foi partilhada em parte pelas restantes forças da oposição.

Segundo o deputado do PSD, ao falar em espionagem política, o ministro da Economia assumiu uma atitude de «uma irresponsabilidade atroz, porque não entendeu que dizer o que disse é atacar um aspecto essencial dos direitos, liberdades e garantias, já que não está aqui em causa um processo qualquer».

«Sem nenhum facto que comprove a sua afirmação, o senhor ministro classificou como espionagem um puro processo de investigação criminal, apontou ainda Miguel Macedo.

«Sem factos, o senhor ministro falou quando já era conhecida a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, mas quando ainda não era pública a decisão de arquivamento tomada pela Procuradoria Geral da República em relação a essas escutas», observou o ex-secretário de Estado do PSD.

Face a este «timing» das afirmações proferidas por Vieira da Silva, Miguel Macedo conclui que o ministro da Economia fez «uma pressão ilegítima». «Quando fez esta afirmação, sem factos, o senhor ministro esteve a fazer uma pressão ilegítima, absolutamente inaceitável, sobre a investigação criminal. Tem factos? Não tem», acusou Miguel Macedo.
Continue a ler esta notícia

Relacionados