«Não deito a toalha ao chão à primeira discordância»

Manuela Ferreira Leite afirmou esta sexta-feira que não irá marginalizar nenhum militante do partido mas que recusará ser marginalizada e que não deitará a «toalha ao chão» à primeira discordância que tenham em relação a si, escreve a Lusa.

A candidata à liderança do PSD, que falava à margem de uma acção de campanha em Vila Real, defendeu que «a seguir a alguém ganhar as eleições [de 31 de Maio] não parece que seja necessário que fiquem todos calados».

«Nós não somos um partido que mande calar as pessoas; as pessoas tem o direito de ter a sua opinião e de poder criticar. Eu acho que o que é preciso é nós sabermos conviver com a crítica», disse Ferreira Leite.

Nos últimos dias várias vozes têm-se levantado dentro do PSD a apelar ao fim das críticas internas após 31 de Maio, de forma que o partido se pacifique para enfrentar José Sócrates em 2009. «Depois de ficar claro para os militantes qual é a orientação que deve ter o partido, críticas que haja que se aproximem destas orientações podem servir muito úteis para fazer ajustamentos de percurso», disse Ferreira Leite.

«Se forem críticas que correspondam a um outro projecto que não este que foi aprovado, as pessoas falam, mas falam só. Não há consequências sobre essa matéria».

Manuela Ferreira Leite sublinhou que não procederá a nenhuma marginalização de nenhum companheiro mas deixou claro que também não vai deixar-se marginalizar. «Seguramente não vou deitar a toalha ao chão à primeira discordância que tenham de mim».

A candidata foi criticada pelo ainda líder do partido, que já avisou que Ferreira Leite é o único concorrente à liderança do partido que se recusa a receber pessoalmente em Gaia, e por Santana Lopes, que quinta-feira a acusou de «arrogância e soberba».

«Em nenhuma circunstância eu farei qualquer comentário a quaisquer observações que sejam feitas sobre aquilo que eu diga ou aquilo que eu faça», respondeu Ferreira Leite.