Secretas: «Já não há pachorra»

O líder do Bloco de Esquerda afirmou que Portugal «não é uma telenovela» e que, se se comprovarem os alegados contactos entre Miguel Relvas e o ex-líder das secretas, o ministro deve «deixar a pasta».

«Se se comprovar que houve, de facto, contactos e se houve uma mentira sobre esses contactos, o ministro evidentemente deve deixar a pasta», afirmou Francisco Louça.

Ainda assim, defende, o Bloco de Esquerda pretende dar a oportunidade para que Miguel Relvas esclareça o caso na Assembleia da República, conforme pedido entretanto apresentado.

«Como pedimos um esclarecimento, esperamos por ele», disse ainda.

À margem de uma visita oficial a Monção, o líder bloquista classificou este caso como um «universo de intriga» em que «até o CDS-PP já ataca um ministro do PSD e um ex-conselheiro de Estado já ataca um ministro do seu Governo».

«Esta situação não pode é continuar. Portugal não pode perder tempo. Portugal não é uma telenovela. Não queremos ser entretidos, queremos soluções, respostas, coragem», afirmou.

«Já não há pachorra. Esta situação é totalmente insustentável e não pode continuar», disse ainda, aguardando por explicações de Miguel Relvas, na Assembleia da República, conforme requerimento apresentado também pelo Bloco de Esquerda.

«Se não quiser ir [ao Parlamento] é porque não respeita nada», afirmou ainda, rematando: «Temos que sair da intriga e preocuparmo-nos com o essencial, a economia das pessoas».